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Agro é o 2º maior gerador de empregos, segundo o Caged

De janeiro a junho, Mato Grosso acumulou saldo positivo de empregos, segundo o Cadastro de Empregados e Desempregafos (Caged) do Ministério da Economia, e foi o segundo setor que mais criou postos de trabalho no período, ficando atrás apenas dos serviços.

No estado, o salário médio na agricultura, pecuária, produção de florestas e pesca é de R$ 3,5 mil, mais que o dobro da média nacional, que é de R$ 1,5 mil – fator que tem atraído muitos trabalhadores.

Na safra de algodão, de julho a novembro, mais de 600 empregos diretos são gerados. — Foto: Wellington Nascimento/TV Centro América

Na safra de algodão, de julho a novembro, mais de 600 empregos diretos são gerados. — Foto: Wellington Nascimento/TV Centro América

É o caso da Niuana Cardoso Silva, que é assistente administrativa em uma empresa do agronegócio. Ela veio do Maranhão, depois que o marido viu uma vaga como cozinheira. Depois de cinco anos, assumiu o cargo atual.

“A chance que eu tive e tenho até hoje é muito gratificante”, agradece.

O marido dela, o Raimundo Lúcio da Silva Neto, é encarregado de pátio na mesma empresa.

“Cheguei em 2015. Vim fazer uma safra e tive a oportunidade de ficar efetivo na empresa. Consegui uma casa na fazenda e tenho um carro já. Hoje, fora as despesas, ainda tiro R$ 3,5 mil. Onde eu morava, a renda mensal era um salário mínimo.

O safrista José Valdemiro Bernardes dos Santos está na empresa há quatro safras.

“Trabalhei 14 anos cortando cana. Em 2010, decidi vir para Mato Grosso. Quando a pessoa chega, fica emocionada só de ver que tem vaga de emprego. A gente vai feliz, leva um dinheirinho, dá uma qualidade de vida melhor para a família. Tudo é bom pra nós”, se emociona.

Na safra de algodão, de julho a novembro, mais de 600 empregos diretos são gerados na empresa.

“A mão-de-obra, na área de beneficiamento do algodão, nesse período, se torna escassa dentro do mercado. Por isso, a gente traz uma quantidade de colaboradores para fazer a safra. A gente faz uma pesquisa de mercado e traz esse colaborador com [um salário] um pouco mais do que isso para ter este colaborador fiel à nossa empresa”, fala o gerente Wellington Menino da Silva.

A analista de RH, Sandra Rossetto, explica que é preciso ter uma formação bastante eclética para integrar alguns departamentos da empresa.

“Jovem, você vai fazer muitas especializações na sua vida. Cada momento profissional vai exigir uma nova especialização. A cooperativa dá muitas oportunidades para os jovens do programa Jovem Aprendiz por conta da dificuldade de encontrar mão-de-obra especializada.Nós efetivamos, nos últimos anos, oito jovens aprendizes”, revela.