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"Apagão" das redes afeta empresas e derruba vendas

O apagão mundial das redes sociais nesta segunda-feira (4) afetou muitos negócios em Mato Grosso, especialmente os que usam as redes sociais para vendas e agendamentos. A queda ocorreu por volta das 11h40 e até as 16h15 o problema ainda não havia sido resolvido.

Em Cuiabá, no Salão do Miguel - que realiza cortes de cabelo masculino e barba - a notícia veio por meio dos clientes, que entraram em contato assim que não conseguiram se comunicar pelo Whatsapp. “Está dando um impacto bem significativo. Ficou um vuco-vuco aqui", comentou João Bispo de Almeida, de 57 anos, cabeleireiro do salão. 

O estabelecimento relata ter perdido clientes nesta segunda. A gerente de vendas da The Body Shop, Isabella Pangonis, de 24 anos, também reclamou dos transtornos. “Estou esperando uma cliente responder e eu não consigo falar com ela”, diz, relatando um dos problemas enfrentados. 

Isabella explica que as redes sociais se tornaram uma ferramenta indispensável de trabalho no dia a dia, tanto que assim que as plataformas saíram do ar ela e as funcionárias notaram.  “Com a venda online você não pode piscar que a pessoa perde o interesse. Não é igual a pessoa estar em piso de loja”, diz.

Algumas plataformas são usadas para divulgar os produtos e promoções, outras para ter o contato direto com o cliente. “Com o Whatsapp a gente trabalha muito via delivery. Então ficamos meio que na mão sem ele”. 

 

Para a gerente, atualmente a venda por ligação é algo direcionado para clientes específicos. “A gente vai fazer uma ligação e a pessoa pode estar trabalhando, pode estar ocupada. Com a mensagem, ela pode ver depois”. 

A situação fica especialmente complicada em caso de comércio online. No loja Ádanis Queiroz, por exemplo, o impacto foi direto. “Como a nossa loja é online, o maior canal de atendimento é Whatsapp, tanto para enviar fotos quanto para entrar em contato com os clientes e entregadores", explica Leandro Guimarães Taveiros, de 30 anos, um dos proprietários.

Os transtornos vão desde ter ligações recusadas por clientes que não conhecem o número, não poder enviar as localizações das entregas ocasionando atrasos, ou a perda de pedidos feitos exclusivamente pelas plataformas. 

“Gera prejuízos com certeza, devido ao processo de entrega”, diz Leandro. Ele explica que o cliente pode ficar irritado com uma possível demora, aumentando assim o nível de desistência dos pedidos. 

“Isso de forma indireta. Já de forma direta, querendo ou não, a gente acaba deixando de atender quem estaria disponível somente nesse horário e acaba não vendendo tanto”.

Até o momento não há nenhuma previsão de retorno das plataformas.