Agronegócios

As notícias que você precisa saber agora para começar bem a quinta-feira

Foto: Canal Rural
  • Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulga hoje relatório de oferta e demanda mundial  de grãos

  • Expectativa de analistas consultados por agências internacionais é de aumento para a safra de soja

  • Com feriado no Brasil, mercado estará fechado; dólar subiu 1,05% e fechou cotado a R$ 4,94

  • Com escala encurtada, arroba do boi sobe R$ 3 em um dia base São Paulo

  • IBGE: abate bovino recua 8,5% no primeiro trimestre e atinge menor nível desde 2012

  • Soja: consultoria Datagro estima comercialização recorde para safras 2019/2020 e 2020/2021

  • Milho: registra preços estáveis e fraca movimentação com feriado de Corpus Christi

  • Bolsas caem com mercado avaliando riscos de nova onda de coronavírus com aumento de hospitalização nos EUA

  • Café: alta do dólar compensa baixas no exterior e mercado interno tem preços estáveis

USDA 

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulga nesta quinta-feira, 11, relatório de oferta e demanda mundial  de grãos. A expectativa de analistas consultados por agências internacionais é de aumento para a safra de soja dos EUA em 2020/2021. A estimativa é de produção de 4,15 bilhões de bushels, contra projeção de 4,12 bilhões em maio e acima da temporada passada, com 3,56 bilhões de bushels. Em relação à produção mundial, a previsão para estoques finais subiu de 98,4 milhões de toneladas para 100,1 milhões.

Na Bolsa de Chicago, o complexo soja recuava em todos vencimentos por volta das 8h55 (horário de Brasília), com o grão em queda de 3 a 4 centavos de dólar, e o mercado aguardando a divulgação das novas projeções no relatório da USDA.

 

Com feriado no Brasil, mercado estará fechado; dólar subiu 1,05% e fechou cotado a R$ 4,94

O mercado brasileiro estará fechado em virtude do feriado de Corpus Christi. Sendo assim, o foco dos investidores brasileiros estará ainda mais voltado para o exterior. Hoje, saem dados de seguro-desemprego semanais nos EUA. Os futuros americanos operam em baixa em meio à preocupações do mercado com riscos de nova onda da pandemia do novo coronavírus nos EUA. Estados populosos do país, como Arizona, Texas e Flórida  registraram aumento de hospitalizações, de acordo com a rede americana CNBC.

O dólar comercial teve alta de 1,05% e fechou a quarta-feira, 10, cotado a R$ 4,94. Na parte da manhã, a moeda brasileira teve comportamento semelhante a seus pares, com valorização moderada e seguindo tendência dos últimos dias. Porém, na parte da tarde o real se descolou e apresentou desvalorização maior que a média dos pares, movimento que foi acentuado após declarações do presidente do Banco Central dos EUA, Jerome Powell.

A decisão do Banco Central americano de manutenção dos juros e comunicado indicando que este patamar será mantido por pelo menos dois anos ficou totalmente dentro das expectativas dos investidores. As medidas de estímulo mantidas enquanto durar a pandemia do novo coronavírus também agradaram. Porém, na coletiva de imprensa, as declarações de Jerome Powell mostraram grande preocupação com a dinâmica da atividade econômica americana para os próximos meses. Isso gerou reação adversa no mercado com diminuição do apetite ao risco levando a queda das bolsas.

 

Com escala encurtada, arroba do boi em São Paulo sobe R$ 3 em um dia

Segundo informações da Agência Safras, nesta quarta o mercado físico do boi gordo voltou a observar altas nos preços com os frigoríficos encontrando dificuldades na composição de suas escalas de abate. Os preços na capital de São Paulo passaram de R$ 199 para R$ 202. Outro destaque é o dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicando que o abate de bovinos recuou 8,5% no primeiro trimestre deste ano na comparação anual, a 7,25 milhões de cabeças, atingindo o menor nível desde o primeiro trimestre de 2012.

 

Soja: consultoria Datagro informa comercialização recorde para safras 2019/2020 e 2020/2021

A consultoria Datagro registrou em seu informe mensal que a comercialização das safras 2019/2020 e 2020/2021 de soja atingiu níveis recordes no Brasil para o período atual. Em relação à safra atual, cerca de 87,5% da produção foi negociada até o fim da semana passada. Já a comercialização da safra 2020/2021 atingiu 33,1% e ficou 5 pontos percentuais acima do registrado no mês passado. A Agência Safras analisou que, apesar da alta do dólar na quarta, o mercado brasileiro teve um dia de negociações travadas em virtude do feriado. No exterior, altas no grão e no farelo e queda no óleo de soja em movimentos moderados com os investidores no aguardo do relatório de junho USDA.

 

Milho: registra preços estáveis e fraca movimentação com Corpus Christi

A Agência Safras também constatou lentidão nos negócios de milho e a expectativa é de que o mercado volte forte apenas na próxima segunda-feira, 15. Cotações recuam levemente na bolsa de Chicago na espera do relatório da USDA.

Em relação ao milho, a consultoria Datagro informou que a comercialização da safra de verão 2019/2020 no Centro-Sul do Brasil atingiu 77% da produção até a última sexta-feira, 5, e, assim como a de soja, marcou um recorde para o período. Já as vendas da safra de inverno no Centro-Sul do país avançaram 62% em comparação com 56% no começo de maio, com um ritmo menor que a safra de verão devido às preocupações com riscos climáticos nas regiões produtoras.

 

Café: alta do dólar compensa baixas no exterior e mercado interno tem preços estáveis

Os preços no mercado interno ficaram estáveis na quarta-feira com a alta do dólar compensando as baixas observadas no exterior, na Bolsa de Nova Iorque. De acordo com informações da plataforma de notícias do site internacional Barchart, o mercado tem sentido o avanço da colheita na Colômbia, segundo maior produtor atrás do Brasil. O levantamento semanal da Safras & Mercado mostrou que até o dia 9 de junho, a colheita da safra 2020/21 no Brasil atingiu 27% da produção estimada de 68,1 milhões de sacas de 60 kg, situando-se bem abaixo dos 39% registrados no mesmo período do ano passado.