Polícia

Bope reforça cerco e acredita que bandidos ainda estão em MT

Foto: Mídia News

O comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), tenente-coronel Ronaldo Roque, afirmou que é pouco provável que os criminosos do bando do Novo Cangaço, que agiu em Nova Bandeirantes no último dia 4, tenham fugido para o Pará ou Amazonas.

A hipótese surgiu porque os estados citados fazem divisa com Mato Grosso próximo a Nova Bandeirantes, cidade que está cercada pelas forças de segurança após o grupo assaltar duas cooperativas de crédito e fazer diversos reféns.

As diligências policiais continuam acontecendo por toda a região de Nova Bandeirantes, após o Bope matar quatro dos assaltantes. O comandante Roque acredita que os ladrões ainda estejam escondidos nas regiões de mata da cidade.

“A possibilidade de fuga existe, mas acho pouco provável que eles já tenham se direcionado para o Pará ou Amazonas porque as vias de acesso para lá são muito difíceis. E até porque o apoio que eles tinham acabou sendo quebrado com os quatro indivíduos que morreram”, explicou em entrevista ao MidiaNews.

“Acreditamos sim que ainda estão na região de mata. O cerco está bem feito, as ações estão sendo diuturnamente realizadas e muitas informações acabam chegando", complementou.

As mortes que o tenente-coronel se refere aconteceram na tarde da última quinta-feira (10), quando agentes do Bope localizaram e entraram em confronto com quatro suspeitos de participarem dos assaltos em Nova Bandeirantes.

Na ação morreram Romário de Oliveira Batista, de 35 anos, Luiz Miguel Melek, de 40, e Maciel Gomes de Oliveira, de 37 e um quarto suspeito que não teve o nome revelado.

O comandante do Bope afirmou que já tem conhecimento da identidade do último homem morto, porém não pode revelá-la, pois o suspeito não estava com seus documentos no momento em que morreu. Por este motivo o comandante aguarda o resultado da perícia.

“Nós já sabemos quem é o quarto homem, mas como ele estava sem documento a gente espera a comprovação de perícia. Então não podemos falar enquanto não sair comprovação oficial da perícia", afirmou.

Uma hipótese que já é certa para o comandante é a de que o bando do Novo Cangaço recebeu apoio de moradores da região onde houve os assaltos.

Após membros da família do empresário Luiz Miguel Melek alegarem que ele havia sido morto por engano, Roque afirmou que o empresário estava dando apoio à quadrilha. Com as afirmações, a Polícia Civil abriu uma investigação para apurar se realmente havia algum envolvimento de Luiz Miguel nas ações em Nova Bandeirantes.

No sábado (12), a Polícia afirmou ter encontrado uma caminhonete S-10 de cor branca, que está em nome de Romário Batista de Oliveira, suspeito morto em confronto, na casa do empresário, em Alta Floresta.

As apurações do caso seguem em andamento, porém o comandante já reforçou que, além dos suspeitos mortos no confronto, a Polícia já está em busca dos outros comparsas que deram apoio à quadrilha.

“Com certeza uma ação dessa natureza [...] não poderia ser feito se não tivesse um apoio regional. Com certeza tem sim pessoas ligadas ao grupo. Pelas imagens a gente contabiliza um grupo de mais de 10 pessoas que participaram, certamente pessoas da região deram apoio”, alegou.