Polícia

Briga entre membros de facção em festa pode ter gerado chacina

Uma desavença entre membros de facção criminosa durante uma festa pode ter motivado a chacina que vitimou seis pessoas, na quarta-feira (06), em Alto Garças (a 357 km de Cuiabá).  Isso é o que acredita o tenente Willyan Becker Demartini, comandante do 15º Batalhão da Polícia Militar, que também não descarta uma possível guerra de facções por território.

Seis pessoas, sendo duas mulheres e quatro homens, foram executadas a tiros, em dois pontos distintos do município. As vítimas foram identificadas como Edson Marques de Souza, 24 anos; Fabrício Jesus Barbosa, 44 anos; Haffael Fernandes dos Santos Pinho, 26 anos; Maria Paulina Soares dos Santos, 18 anos; Nelita Carol Souza de Jesus, 26 anos; e Waldeir Inacio Ferreira Junior, 30 anos.

Becker explicou que Waldeir Inacio Ferreira Junior, vulgo “Nobre”, era envolvido com som automotivo e eventos. Dias atrás, em uma das festas, “Nobre” e outra pessoa, identificada como “Zé Pequeno”, marido de Nelite Carol, se envolveram em uma briga com ouros faccionados. Após isso, a dupla acabou “jurada de morte”.

O primeiro crime aconteceu por volta das 21h e vitimou “Nobre”, sua companheira Maria Paulina e Haffael. Eles chegaram a ser socorridos com vida, mas morreram no hospital. Quando a mãe de “Zé Pequeno” soube do ocorrido, avisou o filho, que fugiu e deixou a esposa para trás.

Momentos depois os autores do crime foram até a casa onde estava Nelita, esposa de “Zé Pequeno”, Fabrício, vulgo “Nego Di”, e Edson, vulgo “Disson” e mataram os três a tiros.

Segundo o comandante Becker, a polícia faz buscas para localizar “Zé Pequeno” ou os autores do crime poder elucidar o ocorrido. “Rodamos a madrugada toda e ainda estamos nas buscas para tentar localizar e prender os autores”, afirma.

“Aqui não é comum [esse tipo de crime]. São cinco homicídios por ano e seis num dia é assustador. Por mais que sejam faccionados, pessoas envolvidas com o crime, a população fica em choque”, salienta.

O comandante também não acredita que as vítimas estavam em “lugar errado, na hora errada”, mesmo não sendo os alvos principais. “Eu acho que é o conjunto dos desafetos. Quem está ali, ou é ‘aviãozinho’, ou é ‘correria’ ou é alguma coisa”, dispara.

“Só que a briga, a motivação que a gente sabe, é envolvendo o ‘Nobre’ e o ‘Zé Pequeno’, que não morreu. É a confusão que a gente sabe que teve dias atrás, que eles estão se jurando de morte. Esse é uma linha de investigação que a Polícia Civil deve seguir agora, depois dos fatos”, conclui Becker.