A Câmara dos Deputados aprovou quarta-feira (31) o texto-base do Projeto de Lei 1011/20, que estabelece prioridade para 16 grupos dentro do plano de vacinação contra a Covid-19, entre eles os caminhoneiros.
O projeto quer dar prioridade a profissionais estratégicos para a sociedade brasileira, e caminhoneiros e profissionais do setor de transporte de cargas devem fazer parte dos novos grupos de prioridades.
A próxima etapa agora é ser aprovado pelo Senado e em seguida seguirá para sanção do presidente.
Enquanto isso, os caminhoneiros continuam na sua rotina normalmente para garantir aos brasileiros o alimento em suas mesas, e aguardam ansiosos pela aprovação da lei que irá dar mais segurança aos profissionais.
Veja os grupos prioritários para vacina
Os grupos prioritários previstos pelo projeto em discussão na Câmara são:
- pessoas com deficiência;
- profissionais de saúde e funcionários que trabalham em ambiente hospitalar;
- pessoas idosas;
- pessoas com doenças crônicas e as que tiveram embolia pulmonar;
- povos indígenas;
- caminhoneiros e demais motoristas de transporte rodoviário de cargas;
- trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros;
- trabalhadores de transporte aquaviário de cargas e passageiros;
- agentes de segurança pública e privada, desde que estejam comprovadamente em atividade externa;
- assistentes sociais e conselheiros tutelares que prestam atendimento ao público;
- trabalhadores da educação do Ensino Básico em exercício nos ambientes escolares;
- coveiros, atendentes e agentes funerários;
- taxistas e os mototaxistas;
- profissionais que trabalham em farmácias;
- profissionais de limpeza pública;
- oficiais de Justiça.
Celina Leão é a relatora da proposta
“Nós queríamos estar num país onde todos tivessem acesso à vacina. Só que este projeto parte da necessidade de termos pessoas que são prioritárias, estão na linha de frente da Covid-19”, disse Celina Leão.
Segundo informações obtidas junto a Câmara do Senado, a população prioritária estimada é de cerca de 77 milhões de pessoas.
“Com tantas prioridades, quem ficará de fora?”, questionou o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS). “Vamos agir com racionalidade, porque é melhor garantir que aja mais vacinas para todos”, disse, referindo-se ao PL 948/21, que permite a compra de vacinas pela iniciativa privada.