As importações de milho e soja pelo Brasil estão maiores neste ano. No caso da soja, na parcial de abril, o país adquiriu do mercado externo 60 mil toneladas, ante 40 mil importadas em abril do ano passado. No acumulado deste ano até a terceira semana de abril, as importações chegaram a 210 mil toneladas, contra 250 mil toneladas de janeiro a abril do ano passado.

Segundo o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, uma soma de fatores contribui para o cenário de alta nas importações dos principais grãos brasileiros.

“Temos o conflito na União Europeia, uma safra de soja menor no Brasil e a indefinição para o milho, onde a segunda safra ainda é um grande ponto de interrogação, com o clima prejudicando o desenvolvimento das lavouras”, destaca Ferreira. 

No campo das exportações de soja, de janeiro a abril do ano passado, o volume  totalizou 31,5 milhões de toneladas. Já de janeiro até a terceira semana de abril, a quantidade exportada chega a 29 milhões de toneladas. O volume adquirido até o momento deixa o Brasil distante de atingir o recorde de 86,1 milhões de toneladas embarcadas no ano de 2021, segundo Ferreira.

“Será muito difícil atingir essa marca, pois temos uma safra menor e devemos racionalizar a destinação. Isso deve afetar as exportações”.

Importações e exportações de milho em alta

As movimentações de milho do Brasil seguem aquecidas. No campo das exportações, o país deve embarcar pode fechar o ano com um volume de 30 milhões de toneladas, superior àquele negociado em 2020, com 20,4 milhões de toneladas. 

“Estamos exportando mesmo com problema de safra em algumas regiões, como em Mato Grosso. Somando primeira e segunda safras, vamos conseguir produzir mais de 100 milhões de toneladas, então vamos conseguir retomar as exportações”, diz Giovani Ferreira.

As importações apresentam bom ritmo, com 450 mil toneladas de janeiro até a terceira semana de abril, contra 750 mil toneladas registradas de janeiro a abril do ano passado. O diretor de conteúdo do Canal Rural acredita que as importações do cereal devem superar as 600 mil toneladas, consolidando as vendas de abril.