Polícia

Defesa de motorista envolvido em acidente fatal diz que liberação da cadeia está “de acordo com a legislação”

Foto: Portal Sorriso

O advogado de defesa do professor de educação – acusado de provocar o acidente que culminou na morte do jovem Maicon Douglas Ferreira dos Santos, de 20 anos –, Carlos Koch, frisa que a saída do seu cliente da prisão após o pagamento de fiança no valor de R$ 5 mil “está de acordo com a legislação vigente”.

Conforme o Portal Sorriso noticiou, o professor foi detido no mesmo dia do acidente fatal, registrado no bairro Rota do Sol. Ele foi solto após pagar fiança. Em entrevista à TV Sorriso, o advogado Carlos Koch explicou que o seu cliente responderá pelos seus atos, cujo processo ocorre em liberdade, por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar).

“A defesa fica solidária ao sentimento dos familiares. Por outro lado, o Código Penal foi respeitado pela autoridade policial e pelo Poder Judiciário, no momento da aplicação da lei. O delegado incialmente lavrou o auto de prisão em flagrante, o qual foi encaminhado para o Poder Judiciário para ser analisado. Nós entendemos que o juiz de plantão decidiu de acordo com a legislação porque não era o caso de converter a prisão em flagrante em preventiva tendo em vista que o cliente é primário, de bons antecedentes, tem residência fixa, ocupação lícita e o fato foi isolado”.

Para o advogado, trata-se de uma fatalidade. “O juiz achou por bem arbitrar uma fiança de R$ 5 mil, cujo valor não vale a vida da vítima, que tem um valor imensurável, mas o nosso cliente de maneira nenhuma quis matar a vítima, trata-se de um acidente”.

O motorista da Ford Ranger, que atingiu o motociclista na noite da última sexta-feira (11), relatou que estava indo para casa quando, em uma rotatória, foi atingido pela moto. “A moto atinge a lateral direita da caminhonete, o que presume que a moto estava em alta velocidade. O impacto foi grande. Assustado com a situação, ele segue reto, contorna a avenida Belo Horizonte e volta ao local dos fatos. Ele ficou por cerca de 5 a 10 minutos. Populares tinham acionado o Corpo de Bombeiros e ele começa a ser hostilizado porque o local do acidente era próximo a uma lanchonete, onde tinham várias pessoas bebendo. Ele não quis fugir da responsabilidade, tanto que ele foi preso pela Polícia Militar na sua casa. Quem quer fugir pega um endereço distante”.

Ainda segundo o advogado, as circunstâncias do acidente serão apuradas pela Polícia Civil durante a instrução do processo. “De maneira nenhuma, o nosso cliente respondendo em liberdade corresponde a uma sensação de impunidade. Ele vai responder pelos seus atos. Se ele teve culpa ou não, se teve culpa exclusiva ou se teve culpa concorrente também da vítima será esclarecido no decorrer da instrução processual”.

Perguntado se o motorista havia ingerido bebida alcoólica, já que se recusou ao teste do bafômetro, o advogado disse que “ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. Isso não significa que ele estava embriagado. Ao ser preso em casa, ele saiu normalmente e não apresentou alteração física”, finalizou.