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Deputado defende paralisação de escolas que tiverem casos de covid

O deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) reconheceu que Mato Grosso vive um momento de preocupação em razão da pandemia da covid-19. Isso em razão dos casos suspeitos de variantes do vírus e das contaminações que foram identificadas nas escolas públicas, desde a retomada das aulas.

Botelho, que se licenciou da Assembleia Legislativa para tratamento médico, avaliou que as escolas onde casos de covid-19 foram detectados deveriam suspender as atividades temporariamente, para garantir maior segurança dos alunos e profissionais da educação.

“Em relação a volta às aulas, eu acredito que é algo que tem que ser feito controlado. Evidentemente que, se uma escola tiver um número grande de contaminados, tem que dar uma paralisada. Acho que isso vai ser feito. O secretário de Educação me disse que vão fazer esse acompanhamento e, naquela escola que tiver algum indício, eles vão tomar providência pontual ali”, disse Botelho.

O parlamentar ressaltou que a preocupação não é apenas em relação ao âmbito escolar, mas de um possível agravamento da pandemia em geral. Isso porque, em Mato Grosso, o percentual de moradores que já estão imunizados com as duas doses ou com a dose única da Janssen gira em torno de 20%. Em contrapartida, o Estado tem sido “alvo” de novas variantes do vírus.

“Nós temos preocupações com a volta da pandemia, com o crescimento [de casos] que pode acontecer. Não por causa das voltas às aulas, mas porque tem novas variantes que podem estar por aqui. Inclusive, a transmissão é muito mais rápida. E como nós temos, hoje, ainda em torno de mais de 50% que não foram vacinados, vai aumentando muito a transmissão, e isso é uma preocupação”, avaliou o deputado.

Em Mato Grosso, as aulas na rede pública iniciaram no modelo híbrido no dia 2 de agosto e, desde então, segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Ensino Público (Sintep), pelo menos 30 escolas já apresentaram casos da doença. O número, porém, não é reconhecido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que, nesta segunda-feira, falou em apenas duas escolas.

Já em relação às variantes, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, ponderou na semana passada que algumas das “mais comuns”, como as variantes indiana e colombiana, poderiam já estar em circulação no Estado. Ele informou que foram enviados diversas amostras para o Instituto Aldofo Lutz, e que, mesmo após vencimento do prazo estipulado para resposta, o Mato Grosso ainda não recebeu confirmações.

No fim da semana passada, porém, a Secretaria de Estado de Saúde confirmou uma "variante turbinada" do coronavírus em Mato Grosso. Trata-se da gama-plus, investigada por cientistas de um dos maiores projetos de vigilância genômica da América Latina, o Genov. Essa seria uma versão possivelmente mais transmissível da variante gama, descoberta em Manaus. Além de MT, Goiás, Tocantins, Ceará, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro também já têm casos da variante gama-plus.