Política

Desorganização incomoda lideranças do União Brasil em MT

A desorganização dentro do União Brasil em Mato Grosso segue incomodando principais lideranças do grupo.  Algumas figuras, inclusive, cogitam abandonar o partido que também abriga o governador do Estado, Mauro Mendes.

 

A legenda nasceu da fusão do Democratas (DEM) com o Partido Social Liberal (PSL), oficializada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 8 de fevereiro. Entretanto, passado pouco mais de um mês, o núcleo mato-grossense não definiu quem será o presidente no Estado e sequer possui um diretório estadual provisório.

 

A situação tem incomodado os filiados, principalmente, aqueles que vão buscar a reeleição ou algum cargo eletivo nas eleições de 2022. Nesta semana, líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Dilmar Dal Bosco (União), expôs a insatisfação e admitiu que não só ele, como secretários de governo, além de outros filiados, possuem a intenção de deixar a legenda.

 

“Hoje eu não sei nem quem é membro do partido, não temos nenhum diretório estadual, nenhuma provisória estadual. Isso preocupa não só pra mim, como outros colegas que são pré-candidatos”, reclamou à imprensa. 

 

O registro do União Brasil foi aguardado com grande expectativa, justamente porque se transformaria no maior partido do país. A nova legenda também será detentora do maior fundo eleitoral e partidário, bem como tempo de televisão neste ano.

 

No Palácio Paiaguás, o grupo conta os secretários, Alberto Machado, o Beto Dois a Um (Cultura, Esporte e Lazer), Gilberto Figueiredo (Saúde) e Mauro Carvalho (Casa Civil). Já na Assembleia Legislativa, Dilmar e o deputado Eduardo Botelho integram a base aliada de sustentação do Executivo Estadual.

 

Apesar da intenção do União em ampliar sua representatividade no Estado, as articulações partidárias internas não têm colaborado para tanto. Nesse contexto, Dilmar afirmou que não descarta deixar a legenda e já recebeu convites para migrar em siglas como o MDB, PP e PSDB.

 

O parlamentar também enfatizou que possui autonomia para decidir o que será melhor para seu futuro político para 2022, principalmente diante da falta de harmonia no atual partido. “Estou analisando, tem secretários de Estado que estão em nosso partido e querem sair. Se um secretário que está do lado do governo, comandando pasta e quer sair no União Brasil, porque eu não? Qual é a dificuldade de não ficar junto?”, finalizou.