Educação

“É mais prudente manter suspensão das atividades escolares", sugere secretário de Saúde

Foto: Mídia News

O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo afirmou que não acredita que o retorno das atividades escolares aconteça tão breve.

As aulas nas redes públicas e particulares estão suspensas desde o dia 23 de março devido à pandemia do novo cornavírus (Covid-19).

Conforme o secretário, o surto do novo vírus está apenas se iniciando em Mato Grosso. Atualmente, o Estado registra 1.464 de casos confirmados e 41 mortes devido a doença.

“É mais prudente [suspender as aulas]. Sabemos que estamos no início de uma pandemia que ainda se alongará por meses. Nós teremos dias mais difíceis do que temos hoje. Nós teremos números muito maiores”, afirmou o secretário.

Segundo Figueiredo, as estruturas das escolas no Estado não comportariam a divisão de turmas – medida recomendada para evitar a aglomeração de crianças. 

“Nós conhecemos as estruturas na área da educação. Não temos capacidade técnica para dividir as turmas, porque não temos edificações que não nos permite”. 

“O retorno das aulas da forma tradicional será um novo ingrediente para o transporte do vírus. As crianças são mais assintomáticas que os adultos, mas elas podem contaminar os adultos. Elas vão para casa e podem contaminar pais e avós e isso pode ampliar significativamente o número de pessoas infectadas”, afirmou o secretário.

Figueiredo ainda afirmou que competirá aos gestores municipais o estudo de casos para o retorno das aulas, visto a possível ampliação da notificação de infectados.

“As aulas devem voltar quando tivermos segurança que o retorno dos alunos à sala de aula não vai ampliar de forma significativa a infecção no Estado de Mato Grosso. A própria população vai reivindicar aquilo que seja mais confortável e seguro para todos”, completou.

Tempo indeterminado

O governador suspendeu as aulas na rede pública e privada de Mato Grosso, por tempo indeterminado, em razão do novo coronavírus em decreto publicado no dia 25 de abril.

Para dar reforço aos alunos, o Estado está distribuíndo 55 mil kits de alimentação escolar aos alunos de baixa renda de todo o Estado, de modo a garantir a segurança alimentar aos estudantes.

Além disso, apesar da suspensão, atividades não-presenciais estão sendo disponibilizadas aos alunos na plataforma digital da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

Aos estudantes que não possuem acesso à internet, a Seduc tem encaminhado apostilas.

Texto: Cíntia Borges/Mídia News