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Expansão de serviços em Mato Grosso é a maior do País no bimestre

A demanda pelo setor de serviços, em Mato Grosso, contabilizou, no primeiro bimestre deste ano, um crescimento de 22,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

A variação foi a maior registrada entre os estados brasileiros, movimento que coloca o setor mato-grossense novamente em destaque nacional neste ano.

Na média nacional, por exemplo, o crescimento anual foi de 8,4%. Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE, mostram que, em fevereiro, houve alta de 6,6% na demanda por serviços, quando comparada a janeiro.

Já entre fevereiro deste ano, ante o mesmo mês do ano passado, a evolução foi de 8,3%.

Regionalmente, 13 das 27 unidades da Federação tiveram retração no volume de serviços entre janeiro e fevereiro, com impacto mais importante vindo de São Paulo (-0,5%), seguido por Distrito Federal (-3,4%) e Santa Catarina (-2,0%).

Em contrapartida, Minas Gerais (2,0%), Rio de Janeiro (0,8%) e Mato Grosso (6,6%) registraram os principais avanços em termos regionais.

No Brasil, o setor de serviços variou -0,2% na passagem, de janeiro para fevereiro, acumulando uma perda de 2,0% frente ao nível de dezembro de 2021.

Com isso, o setor ficou 5,4% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 7,0% abaixo de novembro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

“Das últimas seis taxas, quatro foram negativas (em agosto, setembro, janeiro e fevereiro) e duas foram positivas (em novembro e dezembro). Ainda que haja um predomínio de taxas negativas, o saldo desses 6 meses ficou em 0,1%, ligeiramente positivo e muito próximo da estabilidade”, explica o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

“Isso configura um setor de serviços mais estacionário, mostrando uma acomodação dos ganhos auferidos até agosto de 2021”, completa.

Lobo divide o comportamento do setor de serviços com a pandemia em quatro momentos: março a maio de 2020 foi de queda acentuada, acumulando perda de 17%; de junho a novembro de 2020 foi de rápida recuperação, com o setor acumulando ganho de 15,6%.

Já de dezembro de 2020 a agosto de 2021, houve uma desaceleração, mas ainda com crescimento acumulado de 9,7%; e de setembro de 2021 a fevereiro de 2022, o setor mostrou acomodação, variando 0,1% no período.

Duas das cinco atividades investigadas tiveram retração no mês de fevereiro: serviços de informação e comunicação (-1,2%) e outros serviços (-0,9%).

O principal impacto negativo veio dos serviços de informação e comunicação (-1,2%), que recuaram pelo terceiro mês consecutivo.

A atividade está num patamar 8,6% acima de fevereiro de 2020.

“O que puxou a queda dessa atividade foram telecomunicações, que caíram 2,8% em fevereiro. Esse segmento, que é o de maior peso na pesquisa, encontra-se 9,0% abaixo do patamar pré-pandemia”, explica Lobo.