Geral

Farmacêuticos descartam risco de falta de testes de covid

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Mato Grosso, Dr. José Antônio Parolin, afirmou que não há falta de testes de covid-19 em Cuiabá mesmo diante da crescente demanda nacional por este tipo de exame.

Ao portal Gazeta Digital, o sindicalista afirmou que os levantamentos recentes que apontam ausência dos testes são relativos a cidades específicas. Parolin disse ainda que um dos principais entraves enfrentados pelos cuiabanos na testagem em farmácias está relacionado a problemas de agendamento.

Segundo o presidente, o volume de farmácias que prestam este tipo de serviço é baixo e que muitas pessoas procuram unidades que não fazem a testagem. Além disso, o profissional alertou também que os estabelecimentos trabalham com agendamento de exame.

"O que chegou até nós é que as pessoas querem fazer e não está tendo a disponibilidade para o horário do agendamento. Estão agendando por dia. Exemplo: a cada 10 minutos atendem uma pessoa, daí a farmácia só consegue atender a 6 por hora", afirmou.

"Essa questão da falta é para os grandes centros. Aqui em Cuiabá não está faltando, mas tem bem menos farmácias que fazem do que em São Paulo por exemplo", acrescentou.

Em Cuiabá, segundo Parolin, há 440 farmácias e somente em cerca de 20 os testes são realizados. Dessa forma, o contingente de unidades que ofertam este tipo de serviço está abaixo dos 5%.

Com valores médios que variam entre R$ 90 e R$ 150, os testes podem ser do tipo simples e com detecção dupla - os quais verificam tanto contágio pela covid quanto pela Influenza (H1N1).

Falta de testes

Levantamento recente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) mostrou que o número de testes diários bateu recorde no país, com 86,3 exames no último dia 12.

Diante deste cenário, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica emitiu um alerta sobre a possibilidade de faltar exames deste tipo no país.

Em São Paulo, por exemplo, 88% dos laboratórios privados tiveram problemas com a reposição dos testes, conforme dados do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo.