Política

Governo admite problemas com oxigênio para UTIs em 50 municípios; Sorriso fora da lista

Foto: Gazeta Digital (GD)

Após a denúncia do risco de desabastecimento em 30 municípios de Mato Grosso por causa de problemas na distribuidora em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá), o governo do Estado admitiu o problema, que afeta, na verdade, 50 cidades, por causa de dois distribuidores de oxigênio. O insumo é necessário para os pacientes com coronavírus em estado grave.

Com uma realidade distinta, nesta manhã, o secretário de Saúde de Sorriso, Luís Fábio Marchioro, disse que não há problemas quanto ao fornecimento de oxigênio para o município. "Nós, há um ano, instalamos um reservatório de 35 mil metros cúbicos de ar, ou seja, de oxigênio. Portanto, estamos recarregando constantemente", informou (veja o relato completo aqui).  

Governo do Estado

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirma que dois distribuidores privados de oxigênio, que atendem 50 municípios, "alertaram para a dificuldade de logística, pois o abastecimento das cargas era realizado na cidade de Cubatão, em São Paulo, e foi transferido para o Rio de Janeiro", questão que causou um maior tempo para o transporte e risco de desabastecimento.

Apesar de admitir o problema, a SES afirma que "neste momento, o abastecimento na rede estadual está garantido", mesmo com aumento do consumo de 250% deste insumo por causa das altas de casos de covid-19 em março.

Entre as providências para lidar com a situação, o governo informou que já comunicou o Ministério da Saúde, para "ajudar a restabelecer as condições e garantir o abastecimento nestas cidades", pois o problema é de transporte e não de falta de material.

Consta ainda na nota que o Estado está com baixo estoque de alguns medicamentos, mas que essa situação "é uma realidade em todo o país" e que já foi realizada a compra de remédios ainda em 2020 e que não existe "risco de desabastecimento para as UTIs sob sua responsabilidade".

O governo também fala no texto que está monitorando a situação nos hospitais privados e de gestão municipal para evitar o desabastecimento.

Sobre a falta de oxigênio e medicamentos para UTIs, o Governo de Mato Grosso esclarece:

1- A Secretaria de Estado de Saúde tomou todas as providências necessárias para garantir o contínuo fornecimento de oxigênio nos hospitais de sua responsabilidade. Entre as medidas adotadas estão os aditivos contratuais, aumento de reservatórios e diálogo com fornecedor sobre logística. Apesar do consumo 250% maior que a média normal, neste momento, o abastecimento na rede estadual está garantido. 

2- Nos últimos 3 dias, dois distribuidores privados de oxigênio, que atendem à aproximadamente 50 municípios, alertaram para a dificuldade de logística, pois o abastecimento das cargas era realizado na cidade de Cubatão, em São Paulo, e foi transferido para o Rio de Janeiro. O fato está causando um tempo maior de transporte e, com isso, risco de desabastecimento. Neste momento não existem veículos disponíveis no país para ampliação da frota;

3- O Governo já acionou o Ministério da Saúde, que coordena a logística de fornecimento de oxigênio no país, para ajudar a restabelecer as condições e garantir o abastecimento nestas cidades. Segundo os dois distribuidores, se for resolvida a logística do local de embarque o problema estará solucionado;

4- A falta ou os baixos níveis de estoque de medicamentos para UTI é uma realidade em todo o país;

5- A Secretaria de Estado de Saúde já realizou compra antecipada destes medicamentos em 2020 e não existe, até o momento, risco de desabastecimento para as UTIs sob sua responsabilidade.

6- O Governo também monitora as UTIs privadas e dos hospitais municipais para ajudar a evitar o desabastecimento.

7- O Ministério da Saúde também é quem coordena, neste momento, todas as ações para tentar garantir o fornecimento desses medicamentos no país. 

Governo de Mato Grosso

Texto: Redação Portal Sorriso com Gazeta Digital (GD)