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Imagens do mirante Alto do Céu devastado pelo fogo assustam

Imagens do Mirante Alto do Céu devastado pelas queimadas assustaram internautas nesta quinta-feira (3). O local, um preferidos dos visitantes para assistir ao pôr do sol em Chapada dos Guimarães, foi um dos que mais sofreu com o fogo que assola a região desde a última sexta-feira (28).

Para o empresário Fernando Almeida, 68 engenheiro e proprietário do Alto do Céu, o que mais prejudica é a falta de consciência das pessoas. “Tem gente que acredita que a queimada é uma prática comum pra essa época do ano, mas isso é um absurdo completo. Causa muito prejuízo, muito dano ambiental, problema na saúde das pessoas, principalmente idosos e crianças. É muito triste ver que as pessoas colocam fogo pra se divertir, sem ter ideia do prejuízo”.
 
Segundo o empresário, o prejuízo do fogo é imensurável, tanto para a economia quanto para o meio ambiente. “Essa é uma região muito pesquisada, nós temos por exemplo o peripatus, um animal que veio da intersecção dos vertebrados e dos invertebrados, há 200 milhões de anos. Uma queimada dessa pode simplesmente extinguir, pelo menos aqui na região, uma espécie como essa. O prejuízo é muito grande. Financeiro, ambiental e social”, lamenta.

Queimadas
 
O fogo voltou a arder em Chapada dos Guimarães desde a última sexta-feira (28). Uma “corrente” consumiu a vegetação na região que fica próxima a um condomínio de residências luxuosas, o Morro do Jatobá. Na noite anterior, área próxima ao residencial vizinho, Morro dos Ventos, também pegou fogo.

O primeiro foco identificado pela Base Descentralizada Bombeiro Militar (BDBM), ativada em Chapada no início do período proibitivo de queimadas, começou a arder em uma Área de Proteção Ambiental do parque estadual de Chapada dos Guimarães no dia 19 de agosto, quando as primeiras chamas foram reportadas na região.
 
No domingo (30), um grupo de chapadenses decidiu ir para a linha de frente tentar acabar com o fogo. Para isso, contaram com apoio da aeronáutica e doações dos empresários da região.

Texto: Isabela Mercuri/Olhar Direto