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Incêndios destroem mais de 6 mil hectares de vegetação e ameaça Parque Nacional

Os incêndios que atingem Chapada dos Guimarães já destruíram mais de 6 mil hectares da área de proteção ambiental. Moradores, fazendeiros e donos de pousadas dão apoio aos bombeiros e aos militares do Exército no combate ao fogo.

Na terça-feira (1°), choveu em pontos isolados da cidade. Já na área de proteção ambiental continuou queimando.

Os ventos fortes mudam de direção a todo momento e isso dificulta o combate ao fogo que circulou em torno da base da Força Aérea. Em outro terreno próximo a base a vegetação foi destruída.

Brigadistas, bombeiros e militares do Exército estão traçando estratégias contra o fogo nas trilhas. 

Na pousada do empresário Fernando Luiz de Almeida, que trabalha com turismo há mais de 10 anos, a passarela de madeira ficou destruída.

“Tentamos fazer o máximo possível. Duas horas da manhã estávamos na frente do fogo tentando proteger, mas não conseguimos nos defender, nem defender o meio ambiente e nem defender nossos vizinhos, os bichinhos que estão morrendo por aí por todo lado uma tristeza enorme”, declarou.

Depois de ter sido desviado para os vales, o incêndio atingiu uma área de pastagem que fica em uma propriedade vizinha, nos fundos da pousada.

“Vou ter que trazer o gado de leite para cá, porque pelo menos a gente cria para aliviar um pouco para ele poder passar por esse problema, então a gente tem que ser muito solidário com os outros. Nesse momento, tem que se unir tem que se unir”, ressaltou Fernando.

Empresários, fazendeiros e moradores se uniram para ajudar no combate. Uma chácara no Vale da Benção virou um ponto de concentração das equipes para evitar estragos como nos anos anteriores. No ano passado, por exemplo, foram 50 mil hectares destruídos, sendo 7,5 mil dentro do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.

Atualmente, o incêndio já atinge a pousada do empresário Osvaldo Muradi Junior, que é a última antes do Parque.

“Conseguimos barrar o fogo exatamente na divisa da pousada e impedir que o fogo chegasse ao Parque Nacional. Além de evitar os danos ambientais que o fogo traz, temos que manter a atividade econômica da cidade”, disse.

Com essa temporada de queimadas, vai ser preciso ainda mais chuvas e consciência ambiental. “Tudo depende do quanto vai chover agora. Se tiver uma chuva bem forte talvez a gente passe o restante do fim do ano sem ter que apagar fogo novamente”, ressaltou Osvaldo.

Texto: G1-MT