Cuiabá registrou, nos últimos dez anos, 6.691 casos de sífilis. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde, referentes aos anos entre 2011 e 2021.
De acordo com levantamento fornecido pela Vigilância Epidemiológica,4.868 casos da doença foram do tipo adquirida, 1.295 em gestantes e 528 congênita. A maior probabilidade encontra-se em moradores entre 20 a 29 anos.
Em relação à mortalidade infantil em decorrência da Sífilis Congênita, no mesmo período citado, foram declarados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) onze óbitos.
A sífilis é uma doença sistêmica causada pelo Treponema pallidum, uma bactéria Gram-negativa do grupo das espiroquetas.
O modo de transmissão pode ser pelas vias sexual, vertical e sanguínea, sendo as duas primeiras as principais formas de transmissão. Seguindo esse panorama, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) chama a atenção da população sobre a importância do diagnóstico precoce.
De acordo com o município, os testes encontram-se disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade, bem como a medicação recomendada para o tratamento.
A doença pode ser contraída de três formas: a primeira é adquirida sem a utilização dos métodos de prevenção durante o ato sexual, a segunda em gestantes, quando há disseminação pelos vasos sanguíneos e por último a congênita, quando o bebê é infectado via placentária logo nos primeiros dias de vida.
A gerente da Vigilância, Flávia Guimarães explica que trata-se de uma doença de baixo risco se for diagnosticada precocemente e os protocolos indicados para tratamento são de curto espaço de tempo. O paciente pode ir até uma das unidades de saúde e solicitar o teste.