A Polícia Civil prendeu novamente neste domingo (01) o pedófilo que dopou e estuprou a própria filha de apenas 8 anos de idade. Identificado como Reginaldo Evangelista Francisco Rocha, 31 anos, o criminoso havia sido solto por conta de questões técnicas e jurídicas acerca do não descumprimento de uma medida protetiva contra a vítima.

Conforme o delegado Geordan Antunes Fontenelle, ele será encaminhado para a Cadeia Pública de Peixoto de Azevedo.

“No Brasil, somente é possível prender uma pessoa antes da decisão condenatória basicamente por cinco motivos: reiteração criminosa, destruição de provas, ameaça de testemunhas, fuga e o descumprimento de medida protetiva. Na última quinta-feira, os advogados conseguiram quebrar esse requisito do descumprimento da medida protetiva”, explicou o delegado.

“Todavia, a Polícia Civil juntou novas provas de que ele estaria coagindo pessoas, coagindo testemunhas no curso do inquérito policial e representou por uma nova prisão preventiva do investigado, que foi acatada na sexta-feira pelo Judiciário”, acrescentou.

Conforme o delegado, em nenhum momento se discutiu a questão do estupro da menor, que para os investigadores já está mais do que comprovado.

“Em nenhum momento foi discutido o mérito do estupro, que para a Polícia Civil já está deveras comprovado nos autos do inquérito policial que tem mais de 150 páginas. O que foi discutido era simplesmente se o investigado deveria permanecer preso ou solto. A defesa entendia que o investigado deveria responder ao processo em liberdade e a Polícia Civil entendia que ele deveria responder o processo preso. Prevaleceu até este momento o entendimento da Polícia Civil”, ressaltou.

Investigação

Conforme a investigação, Reginaldo, de 31 anos, deu um comprimido para que a criança dormisse e abusou sexualmente da filha. O fato ocorreu durante as férias escolares, entre 03 e 24 do mês de julho deste ano, quando a criança de oito anos foi levada pelo pai para uma fazenda, na zona rural do município, onde ele trabalhava como segurança.

Conforme a investigação, o pai deu um comprimido para a vítima dormir e quando ela acordou, ele estava em cima dela.

A criança sofreu anteriormente outros abusos sexuais do pai, quando ele a buscava para passar alguns dias em sua companhia. Entretanto, o ele a ameaçava para que ela não o denunciasse.

A investigação teve início a partir da denúncia da escola onde a menor frequenta. A menina apresentou mudança no comportamento, o que chamou atenção de uma professora, porque antes das férias escolares, a criança relatou que não queria entrar de férias, provavelmente porque passaria o período com o pai.

REPÓRTER MT