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MT tem aumento de 16% em casos de estupro, diz pesquisa

Novos dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SESP) mostram que os casos de estupro aumentaram 16% em Mato Grosso. De janeiro a outubro de 2023, o número foi de 1.870 casos, 258 casos a mais do registrado no mesmo período em 2022, em que o estado registrou 1.612 casos de estupro.

Ainda segundo os dados, Rondonópolis, 218 km de Cuiabáfoi o município do estado que mais apresentou aumento na taxa, com 85 casos de estupro registrados em 2022 e 91 casos registrados até outubro deste ano, o que corresponde a um aumento de 7%.

De acordo com o Atlas da violência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apenas 10% dos casos de estupro são reportados. Muitas vezes, as pessoas não procuram as delegacias ou Unidades de Pronto Atendimento (UPA), por medo.

Casos de estupro em MT

De janeiro a outubro

1.6121.6121.8701.870202220230500100015002000

Fonte: SESP

Para o delegado Fernando Fleury, denunciar todo e qualquer tipo de violência é fundamental para que as instituições públicas tenham informações mais precisas sobre os casos.

“Essa comunicação auxilia muito as chances de identificar autoria em relação a esse tipo de crime”, diz.

Além da denúncia, as vítimas também precisam procurar unidades de saúde. A conselheira municipal Jacilene Terra, explica que a violência sexual deixa problemas de saúde física e fisiológica.

“Geralmente são traumas que podem levar até a morte, a vítima entra em um processo depressivo, acha que não tem ninguém para te ajudar, para te acompanhar, mas existe sim.”, diz.

Jacilene ainda explica os procedimentos que são tomados após o momento em que a vítima faz a denúncia.

“Nós vamos acolhê-la, orientar, e ela vai em primeiro momento, à Delegacia da Mulher. Quando a delegacia colher os dados e fazer o boletim de ocorrência dessa vítima, nós vamos ver para onde ela precisa ir.”, completa.

A orientação para mulheres vítimas de violência doméstica é sempre procurar ajuda. No momento da agressão, discar 190 para chamar a Polícia Militar. Depois, registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil e então pedir apoio a alguma instituição.