Política

“Não adiar eleição é uma afronta e irresponsabilidade nacional”

Foto: Mídia News

O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo disse ser favorável ao adiamento das eleições de outubro deste ano, em razão da pandemia da Covid-19, que já causou mais de 25 mil mortes no País.

Segundo ele, seria “uma afronta” a realização do pleito no momento em que as atenções da população se voltam ao caos gerados por conta do avanço da doença.

“Torço para que esse País prorrogue por muito tempo as eleições. Porque imagine: nesse momento que atravessamos uma pandemia, nos preocuparmos com eleição, reuniões para fazer campanha, aglomerações...”, disse.

“Como misturar esse assunto num momento tão difícil pelo qual passa o País? Acho que se essas eleições não forem adiadas será uma irresponsabilidade nacional”, emendou.

As declarações foram dadas durante uma live ao MidiaNews na última semana. Na ocasião, o secretário demonstrou muita preocupação com a proliferação do novo coronavírus. Segundo ele, “dias piores virão”.

“Não estamos no pico. Tudo vai se agravar. Os Estados que estão em situação grave, vão piorar mais. Os estados que não estão graves, irão ficar. Então, não há ambiente para falar de política nesse momento”, afirmou.

Cotado ao Alencastro

Gilberto Figueiredo – que comanda a Saúde do Estado desde o início da gestão do governador Mauro Mendes (DEM) – é vereador licenciado na Capital.

Seu nome é um dos mais fortes no Palácio Paiaguás para sair a uma disputa à Prefeitura de Cuiabá.

O secretário disse que não descarta a possibilidade, mas pontuou que, nem ele, tampouco qualquer membro do Governo, está pensando em eleição neste momento.

“Realmente manifestei algumas vezes que estou à disposição do grupo. Entrei para política e vou querer ser vereador a vida toda? Não dá para ser hipócrita. Falo a verdade. Tive uma ótima oportunidade de aprender como secretário de Educação de Cuiabá e agora estou tendo a oportunidade aprender na Saúde. São as duas áreas mais importantes de uma gestão”, afirmou.

“Então, eu disse: se precisar, estou pronto. Enfrento desafio. Mas estou tão empenhado nessa missão neste momento, que minha cabeça não tem nem espaço para pensar em política. No Governo do Estado não temos tempo para falar de política”, completou.

Texto: Mídia News