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Número de pobres no estado é o maior da série histórica

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Em Mato Grosso, 20,24% da população viveu em situação de pobreza em 2021, com renda domiciliar média de R$ 497 mensais por pessoa. O número é um recorde da série histórico e o pior cenário desde 2012.

Em 2019, esse percentual era de 16,18%, elevando-se a 17,33%, em 2020. Os dados são do “Mapa da nova pobreza”, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) Social, nos últimos dias, e que têm como base microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD Continua Anual, recém-disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A proporção dos pobres segue o conceito de renda per capita efetiva de todas as fontes, usando a linha de R$ 497 mensais per capital, que corresponde a linha internacional de U$S 5,50 ao dia, ajustada por Paridade de Poder de Compra (PPC).

De acordo com o estudo, o ano de 2021 é o ponto de máxima pobreza das séries anuais realizadas desde 2012 no estado. Naquele momento, há dez anos, a taxa de pobreza atingia 19,32% da população em nível estadual, numero menor que a do ano passado.

Levando-se em consideração a população de 3,5 milhões de habitantes, mais de 708 mil pessoas vivem em situação de pobreza no estado. Segundo a pesquisa, contudo, Mato Grosso é o sexto com a menor taxa de pobreza no país, ficando atrás apenas de São Paulo (17,8%), Paraná (17,6%), Distrito Federal (15,7%), Rio Grande do Sul (13,5%) e Santa Catarina (10,1%).

No país, o contingente de pessoas com renda domiciliar per capita de até R$ 497 atingiu 62,9 milhões de brasileiros no ano passado, ou seja, cerca de 29,6% da população brasileira. Entre as 27 unidades da Federação, a menor taxa está em Santa Catarina.

Já o Estado com maior proporção de pobres também em todos os anos é o Maranhão, com 57,90% de considerados pobres em 2021. As únicas quedas de pobreza no período foram observadas em Tocantins (-0,95%) e Piauí (-0,03%).

Para tentar estancar quadros de pobreza crescente, como é o caso de Mato Grosso, o Governo Federal conseguiu elevar o Auxílio-Brasil de R$ 400 para R$ 600 ao mês. O programa é substituto do Bolsa Família (que pagava menos de R$ 200).