Polícia

Paciente de UTI afirma também ter sido vítima de técnico de enfermagem que se masturbou na frente de mãe e criança especial

O técnico em enfermagem, identificado pelas iniciais D. L. D. S., de 30 anos de idade, que foi preso acusado de se masturbar na frente da mãe de um menino especial no Hospital Infantil e Maternidade Femina, em Cuiabá, tem outra passagem de importunação sexual cometida neste mesmo ano, no Hospital de Câncer de Mato Grosso, também na capital.  O homem negou as acusações e disse que irá respondê-las em juízo.

Conforme apurou Olhar Direto, no dia 18 de fevereiro, o técnico foi denunciado pela responsável de Recursos Humanos da unidade hospitalar. Na ocasião, o funcionário havia importunado sexualmente uma paciente, desta vez, uma que estava internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 

O Recursos Humanos do Hospital de Câncer de Mato Grosso teve conhecimento sobre o ocorrido através do relato de uma amiga da paciente que, por sua vez, também trabalhava na unidade de saúde. Naquele episódio, a amiga teria ficado perplexa ao descobrir o que fazia D. com a paciente que estava internada. 

Como não podia falar, a paciente contou o que aconteceu através de uma carta que foi escrita a punho e entregue à funcionária. Diante daquela situação, ela comunicou a gerência de enfermagem do hospital, que encaminhou a denúncia aos Recursos Humanos. O técnico em enfermagem, então, foi demitido por justa causa. 

O que diz o técnico

A reportagem entrou em contato com D. para escutar o seu posicionamento a respeito do episódio recente registrado no Hospital Infantil e Maternidade Femina. O técnico, por sua vez, negou as acusações e disse que irá se manifestar apenas em juízo. Posteriormente, disse que solicitaria que seu advogado enviasse uma nota de posicionamento, porém, até o momento o documento não foi compartilhado. O espaço segue aberto para futuras manifestações. 

O que diz a Femina sobre a contratação do técnico

O Hospital Infantil e Maternidade Femina foi questionado pelo Olhar Direto a respeito do processo de investigação da ficha criminal de seus colaboradores durante processos de contratação.  Em nota, a unidade hospitalar disse que adota critérios rígidos, porém, no mês em questão da contratação de D., não houve a constatação de nenhum crime nos documentos por ele apresentados.  

O Hospital e Maternidade Femina informa que adota os mais rigorosos critérios de seleção e recrutamento de profissionais, com observação de todos os documentos de qualificação e antecedentes permitidos por lei. No caso específico, no momento da contratação, o funcionário apresentou certidões negativas em todas as esferas.

O caso

O técnico em enfermagem D. L. D. S., de 30 anos de idade foi preso acusado de se masturbar na frente da mãe de um paciente no Hospital Infantil e Maternidade Femina, em Cuiabá. Na ocasião, a mulher limpava a sonda alimentar do filho de apenas um ano de idade. Em nota, a Femina disse que afastou o funcionário e está colaborando com as autoridades. 

De acordo com a Polícia Militar, os agentes da corporação foram solicitados por volta de 19h31 para atender a ocorrência de importunação sexual que estaria ocorrendo dentro da unidade hospitalar. No local, os militares encontraram a vítima, de 29 anos, que relatou o ocorrido. 

Aos policiais, ela disse que estava em um box de emergência com o filho, que tem apenas um ano, limpando a sonda pela qual ele ingeria leite. Naquele instante, o técnico em enfermagem, segundo ela conta, passou a ir no local várias vezes, perguntando se ela precisava de ajuda. 

Em determinado momento, ela conta que, enquanto limpava o filho, o homem se aproximou e se posicionou logo atrás dela. Quando se virou, a mulher viu que o enfermeiro estava com as mãos dentro da calça se masturbando. 

O funcionário, por sua vez, pediu desculpas e deixou o local logo em seguida. Diante dos fatos, os militares conversaram com a enfermeira chefe, que indicou a localização do suspeito. O homem, então, foi preso e encaminhado para o plantão de atendimento à vítima de violência doméstica familiar e sexual. Ele deve responder por importunação sexual.