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Países da Europa fecham espaço aéreo para voos da Rússia

Diversos países da Europa fecharam seus espaços aéreos para a Rússia em resposta à invasão da Ucrânia pelas tropas do Kremlin.

Neste sábado (26), Estônia, Látvia, Romênia e Eslovênia avisaram que baniriam as companhias aéreas russas. A República Tcheca fechará seu espaço aéreo a partir do domingo (27) –o país já havia proibido as empresas aéreas russas de operarem no solo em aeroportos locais.

A Bulgária deixou de aceitar voos da Rússia na sexta (25). Anteriormente, o Reino Unido já havia impedido a companhia russa Aeroflot de voar sobre seu território, bem como jatos particulares daquele país. A Rússia tomou a mesma atitude como forma de retaliação à Inglaterra.

Nos Estados Unidos, a Delta Air Lines afirmou que suspenderia um acordo de compartilhamento de código com a Aeroflot da Rússia.

"Não há lugar para aviões do Estado agressor em céus democráticos", disse a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas. Ela também pediu a outros países da União Europeia que adotem restrições semelhantes.

Em resposta, a agência federal russa de transporte aéreo, a Rosaviation, fechou o espaço aéreo de seus país para voos da Romênia, Bulgária, Polônia e República Tcheca, incluindo voos de trânsito.

O fechamento do espaço aéreo significa que rotas saindo de Moscou podem levar mais tempo para chegarem aos destinos, pois precisam contornar os países onde o banimento está ativo. Por exemplo, uma viagem da capital russa para Budapeste leva em torno de 75 minutos a mais, de acordo com o site Flightradar 24.

O mesmo é válido para trajetos que evitam o espaço aéreo russo. A Virgin Atlantic informou que vai evitar sobrevoar o país, o que aumentará entre 15 minutos e uma hora os seus voos entre o Reino Unido e a Índia e o Paquistão.

Além disso, algumas companhias aéreas estão evitando o espaço aéreo de Moldávia e Belarus, países vizinhos à Ucrânia, além de sobrevoarem a própria Ucrânia. Na quinta (24), logo após a invasão da Ucrânia, a Rússia fechou seu espaço aéreo para voos civis na fronteira leste com a Ucrânia e a Bielorrússia.