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Parte dos voluntários de MT relata efeitos adversos da vacina

Foto: Gazeta Digital (GD)

Parte dos voluntários mato-grossenses que receberam a primeira dose da vacina chinesa para prevenir a contaminação pelo coronavírus (covid-19) apresentou alguns efeitos adversos, como dor de cabeça e no local da aplicação, além de cansaço. Em âmbito nacional, o percentual de voluntários com efeitos é de 35%. Eles fazem parte da 3ª etapa do ensaio clínico da Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório Sinovac Life Science e que, no Estado, está sendo operacionada por equipes científicas do Instituto Butantan e do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM).

A dose, que deve continuar sendo aplicada até final de novembro em Mato Grosso, foi motivo de polêmica nesta quarta-feira (21) entre os governos estadual e federal. O governador Mauro Mendes, após reunião com o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, anunciou que a imunização no Estado iniciaria em janeiro, informação que foi desmentida pelo presidente da República nas redes sociais.

Na tarde da última terça-feira (20), o gestor da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Gilberto Figueiredo, já havia externado suas expectativas para o início da aplicação da vacina chinesa na população local que, com o avançar da pesquisa, poderia ser disponibilizada ao mercado ainda neste ano. “Nós queremos ser otimistas. Os testes sendo finalizados até novembro, com a possibilidade que esteja disponível no país já os primeiros lotes para testar, prioritariamente o grupo de risco e os profissionais da área da saúde”.

Apesar de frisar que vem acompanhando o estudo clínico junto ao HUJM, Figueiredo destacou que até então tudo se trata de expectativa, já que ainda não havia, definitivamente, nenhum posicionamento quanto a uma data por parte do Ministério da Saúde, “que aguarda a finalização desses testes necessários para ter a autorização devida para poder fazer a vacinação”.

Diante da afirmação do governador de São Paulo, João Dória, de que no estado a vacinação contra a covid-19 será obrigatória, Figueiredo explicou que tudo que ocorre no país quanto à vacinação é coordenado pelo Ministério, via Programa Nacional de Imunização. “Mato Grosso não ficará de fora, vai ser contemplado como todos os estados, dentro dos critérios que o governo federal estabelecer para isso”.

Vale destacar que nenhum dos voluntários que foram vacinados apresentaram reações adversas graves.

Texto: Elayne Mendes/Gazeta Digital (GD)