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Passageira que veio da África do Sul para MT é monitorada e passa por quarentena

Uma mulher que desembarcou no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), após vir da África do Sul está sendo monitorada pela Secretaria de Saúde da cidade. A medida é preventiva conforme o município, já que os testes dela deram negativo para a Covid-19. Porém, mesmo assim, foi orientado que ela faça uma quarentena de 14 dias na residência da família, com quem teve contato.

O secretário de Saúde de Várzea Grande, Gonçalo de Barros, disse em entrevista ao Tribuna, da Vila Real FM, que a passageira desembarcou na terça-feira (30). “Fomos informados às 14h e conseguimos localizá-la somente às 16h. Por segurança, resolvemos colocar em monitoramento. Não há motivo para pânico, até porque, os exames todos deram negativo”.

A mulher não apresenta sintomas e cumprirá os 14 dias de quarentena na casa dos familiares, com quem já teve contato. Eles também serão monitorados pela secretaria. Conforme o secretário, a mulher era moradora de Várzea Grande e se mudou para a África do Sul. Agora, veio ao Brasil com o intuito de buscar os filhos, que estavam morando com a avó, para levá-los ao continente africano.

“Reitero que é uma medida preventiva. Precisamos ter certeza de que ela não está contaminada e colocando em risco à população. A colaboração é de todos, também precisamos da ajuda dela para que mantenha esta quarentena, que segue até o dia 13 de dezembro”, explicou o secretário.

Gonçalo ainda aproveitou para pedir que a população não deixe de tomar a segunda dose ou o reforço da vacina, algo tido como primordial para evitar casos graves e baixar o número de contaminações e mortes.

“A vacina está começando a controlar este inimigo mortal. Esta nova variante é um motivo ainda maior para que as pessoas se conscientizem e tomem a vacina”, finalizou.

Casos confirmados

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou nesta terça-feira (30), a identificação de dois casos positivos da Ômicron no Brasil, variante do Sars-Cov-2, após testagem realizada pelo laboratório Albert Einstein. O casal deveria retornar à África do Sul, quando testou positivo.

A testagem deve-se ao fato de que um passageiro vindo da África do Sul desembarcou em Guarulhos no dia 23 deste mês, portando resultado de RT-PCR negativo. Como deveria voltar a à África do Sul, procurou o laboratório localizado no aeroporto de Guarulhos dois dias depois para, já na companhia de sua esposa, realizar o teste de RT-PCR requerido para o retorno.

Naquele momento, ambos testaram positivo para a Covid-19 e o fato foi comunicado ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de São Paulo. Diante dos resultados positivos, o laboratório Albert Einstein adotou a iniciativa de realizar o sequenciamento genético das amostras.

Ademais, o laboratório notificou a Anvisa sobre os resultados positivos dos testes e sobre o início dos procedimentos para sequenciamento genético no dia 29/11. Nesta terça-feira, em análises prévias, foi identificada a variante Ômicron do Sars-Cov-2.

Conforme recomendação da Anvisa, a Portaria Interministerial nº 660, de 27 de novembro de 2021, proibiu voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pela República da África do Sul, República de Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue.

De acordo com a Portaria vigente, o viajante brasileiro procedente ou com passagem pela República da África do Sul, República do Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue, nos últimos quatorze dias antes do embarque, ao ingressar no território brasileiro, deverá permanecer em quarentena, por quatorze dias, na cidade do seu destino final.