Polícia

PJC encontra corpo de homem enterrado em Sorriso; 3 são apreendidos pela ocultação de cadáver

Três adolescentes suspeitos de ato infracional análogo ao crime de homicídio foram apreendidos pela Polícia Judiciária Civil (PJC) de Sorriso. Um deles apontou o local onde foi encontrado enterrado, nesta manhã, o corpo de Valdenir de Souza Lucena, de 45 anos, que estava desaparecido desde o dia 6 de março deste ano. 

O corpo foi localizado enterrado embaixo de um pé de mangas, no terreno da casa onde a vítima morava, na rua Turmalinas, no Setor Industrial. A análise preliminar da perícia aponta que a vítima foi supostamente assassinada com pancadas na região da cabeça. 

"O corpo estava enterrado numa profundidade considerável, e isso retardou um pouco o efeito de decomposição e tinham bastante partes íntegras. Deu para perceber que ele estava sem camisa, que estava do lado, e muita ação de instrumento contundente na região cabeça, e provavelmente pancada que deve ter sido a causa da morte, mas o perito médico legista deve confirmar ainda", informou o perito criminal Luciano Nogueira. 

Ainda segundo o perito, no local não foi possível determinar se Valdenir foi morto no local ou se o corpo foi removido. "Vimos uma perfuração, mas não foi conclusivo se foi de arma branca ou eventualmente algum tecido em estado de laceração que abriu", informou Nogueira, acrescentando que a suspeita é de que o corpo tenha sido enterrado no local há mais de quatro semanas.  

Investigações

O delegado José Getúlio Daniel, responsável pelas investigações, informou que a coleta de informações ocorreu por mais de 60 dias. "Eles [menores apreendidos] tinham contato com a vítima por um período extenso. Eles afirmam que supostamente a vítima fazia atos de violência sexual em desfavor de crianças e adolescentes e no momento de raiva levaram a vítima a óbito".  

Porém, segundo o delegado, não há comprovação da autoria de crime sexual em desfavor de Valdenir. 

Os três adolescentes seguem apreendidos na delegacia. "Entramos em contato com a promotoria de Justiça e representantes do Ministério Público e vamos representar pelo procedimento do ato infracional análogo ao crime de homicídio", finalizou o delegado.