Polícia

Policiais penais mantêm ‘suspensão’ da greve até nova reunião com governo

O Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso (Sindspen-MT) em Assembleia Geral Extraordinária decidiu manter estado de assembleia permanente (que pode ser chamada a qualquer momento), e manteve a suspensão do movimento grevista até dia 03 de fevereiro, data em que será realizada nova negociação com o governo do Estado. As decisões foram aprovadas pela maioria durante AGE realizada na tarde desta quarta-feira (05.01), no Salão de Eventos da Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (ASSOF/MT), em Cuiabá.

A categoria se reuniu novamente para debater os próximos movimentos da greve após abrir negociação com o Governo do Estado, representado pelo secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho e acompanhado de uma comissão da Assembleia Legislativa, formada pelo líder do Governo Dilmar Dal Bosco (DEM) e pelos deputados Allan Kardec (PDT) e por um assessor do deputado João Batista (Pros). Na ocasião, após quase três horas de conversa, não houve nova proposta do governo e uma nova agenda ficou marcada somente para o dia 03 de fevereiro.

O presidente do Sindspen MT, Amaury Neves que representou a categoria na retomada da negociação com o executivo, afirmou que os policiais penais permanecerão firmes na luta pela recomposição salarial dos 10 últimos anos e a equiparação salarial com as outras forças da Segurança Pública.

“O objetivo segue o mesmo. A nova data da reunião, marcada para daqui um mês, nos preocupa, pois está muito longe e não é o que gostaríamos, mas o ambiente de negociação foi reconstruído. Queremos essa equiparação, nem que seja em um plano gradativo, precisamos que a nossa categoria tenha o seu salário reparado, todos tiveram seus aumentos na última década e nós ficamos sem nada. Não vamos desistir”, ponderou.

“Vamos continuar com a suspensão do movimento grevista até termos uma resposta concreta por parte do governo e manter o estado de assembleia permanente, até para a categoria ficar em alerta para que assim que houver uma proposta nos reunirmos novamente para decidirmos juntos”, afirmou.

Paralisação

Os policiais penais de Mato Grosso, paralisados desde 16 de dezembro, somam atualmente 2,8 mil servidores, lotados em 46 unidades prisionais e buscam a recomposição salarial dos últimos 10 anos e plano gradativo de equiparação salarial. Atualmente, os policiais penais representam a menor categoria em número de servidores das três forças de segurança pública, são elas: policiais civis, militares e penais. Estes profissionais passam a maior parte do tempo da pena com reeducandos, tendo contato diário dentro dos presídios, cadeias e unidades prisionais.