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Policial que matou 4 em "cabaré" em MT alega ser esquizofrênico

Foto: FOLHAMAX

Rhael Jaime Gonçalves, policial que matou 4 pessoas num “cabaré” localizado em Brasnorte (572 KM de Cuiabá), no ano de 2017, alegou ser “esquizofrênico”. Ele tenta na Justiça a suspensão do seu processo alegando possuir o problema mental.

A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) julgou o pedido do soldado da Polícia Militar na terça-feira (27). O relator do pedido, o desembargador Orlando Perri, concedeu o pedido do servidor revelando que laudos médicos já realizados constataram a esquizofrenia de Rhael.

Orlando Perri determinou a realização de uma perícia judicial, que irá esclarecer se o soldado PM é de fato esquizofrênico, bem como a suspensão do processo. “Há sim evidências de que ele tem um problema. Sofre de esquizofrenia. Tem um laudo médico passado antes dos fatos, antes do crimes, dizendo que ele tinha um problema, era bipolar. Posteriormente houve uma médica que o diagnosticou com esquizofrenia. A PM também constatou que ele tinha esquizofrenia”, revelou Orlando Perri.

O julgamento, porém, foi suspenso após o pedido de vista do também desembargador da 1ª Câmara Criminal do TJMT, Paulo da Cunha. Ele questionou se um suposto amigo de Rhael – Lucas Rafael Fernandes, que teria ajudado o PM na fuga -, também deveria ir ao Tribunal do Juri com as qualificadoras do crime (motivo torpe etc).

Com o pedido de vista o julgamento foi adiado até melhor análise do desembargador Paulo da Cunha.

O Caso

De acordo com as investigações, Rhael Jaime Gonçalves teria tido vários desentendimentos num “cabaré” localizado em Brasnorte. Uma dessas “rusgas” envolveria até mesmo um flagrante forjado de apreensão de drogas, o que teria motivado a transferência do soldado PM à Tangará da Serra (245 KM de Cuiabá).

O policial militar, porém, não teria se conformado com a penalidade, e com a ajuda de Lucas Rafael Fernandes, que pilotou a moto na fuga da chacina, matou quatro pessoas que estavam no estabelecimento - Maria Auxiliadora dos Santos, de 42 anos, Marlene dos Santos Marques, de 40 anos, Bruno Feitosa Comin, de 22 anos, e Adilson Matias, de 46 anos. Rhael Jaime Gonçalves foi preso no dia seguinte ao crime, ocorrido em 21 de junho de 2017, no Batalhão onde atuava.

Reportagens recentes de veículos de comunicação dão conta que sua cela tinha até mesmo ar-condicionado.

Texto: Folhamax