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Quase metade das empresas vai manter seleção online pós-covid

Quase metade das empresas (48%) pretende manter os processos seletivos online para contratar novos colaboradores quando a pandemia de coronavírus chegar ao fim. É o que mostra pesquisa realizada pela Weseek, startup da Catho.

O levantamento, realizado em parceria com as empresas Catho, Gelatina, Sólides e Yube, mostra que o percentual de empresas que realizavam recrutamento online quase dobrou durante os primeiros quatro meses de pandemia — passou de 23% para 42%. Foram consultadas mil empresas para a pesquisa.

O co-fundador da startup da Catho Weseek, João Kobayashi, diz que a pandemia acelerou a implementação dos processos seletivos inteiramente online, como parte de uma transformação digital que as empresas têm adotado.

“Tempo é dinheiro. Quando se faz um processo remoto você consegue ser muito mais produtivo. Tanto candidato como empresa”, explica Kobayashi. No entanto, ressalta que este tipo de processo não é possível para alguns tipos de vagas, que dependem de habilidades técnicas que precisam ser avaliadas frente a frente.

A analista de recrutamento e seleção do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) Cíntia Silva concorda que a agilidade é um dos pontos positivos do processo online e afirma que, desta forma, é possível que a seleção do candidato seja feita de forma mais personalizada.

Kobayashi considera os processos seletivos online interessantes principalmente para as companhias que adotaram o home office como nova forma de trabalho, porque assim é possível contratar funcionários de outras regiões. “Quando você faz isso aumenta o leque de pessoas que pode contratar na sua empresa. Passa a ter muito mais pessoas disponíveis”, afirma. Os processos seletivos online tendem a fazer com que entrevistadores e candidatos sejam mais objetivos e tenham menos distrações.

Em contrapartida, Cíntia afirma que as entrevistas online impedem que os recrutadores avaliem algumas questões comportamentais. “A gente não tem o olho no olho. É a observação de alguns comportamentos que não conseguimos no vídeo, já que, no online, o candidato está na zona de conforto dele, que é diferente estar na empresa”, explica Cíntia.

Kobayashi diz também que uma desvantagem é que algumas situações fogem do controle, como barulhos ou latidos de cachorro. Os imprevistos causados pela tecnologia também podem ser um problema.

Para que as entrevistas remotas fossem realizadas com sucesso, 58% das empresas contrataram softwares de videochamadas e 22% de recrutamento integral online. Saiba mais aqui.

Texto: R7