Política

‘Se o Ministério liberar a vacinação, Mato Grosso está preparado para aplicação’, diz secretária

Foto: Olhar Direto

A secretária adjunta de saúde do Estado, Danielle Carmona, participou na manhã desta quinta-feira (7) de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para discutir a situação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) em Mato Grosso. Segundo ela, o estado está preparado para a vacinação, inclusive com seringas e agulhas, mas não negociou compra direta das doses, e vai aguardar a liberação pelo Ministério da Saúde.

A audiência pública foi presidida pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que cobrou um planejamento da secretaria: “Temos que nos planejar, nos preparar, para a qualquer momento iniciar a campanha de vacinação. Significa utilizar todos os recursos para isso, enquanto não há vacina disponíveis. Fiquei muito feliz quando a secretária disse, por exemplo, que temos 3 milhões de seringas à nossa disposição em Mato Grosso para iniciar a vacinação. Em Mato Grosso não teremos o drama que o resto do país está tendo, de falta de seringas”, afirmou o petista.

Segundo Carmona, o Estado tem seringas em estoque, e também já iniciou as tratativas para a compra de mais unidades. “Se o ministério da Saúde disponibilizar as vacinas para Mato Grosso na semana que vem, nós temos a logística para iniciar a vacinação. Temos planejamento de uso também do transporte aéreo”, disse. A única vacina que não poderia ser aplicada em Mato Grosso seria a da Pfizer, já que necessita ser armazenada em câmara fria com temperaturas de -70ºC, e, por isso, seria necessária a aquisição destes locais para armazenamento.

Em relação à compra direta do Estado, Carmona afirma que ainda há dificuldades. “O Governo já assinou um protocolo de intenção com a Sinovac, qual é o impedimento? Porque depende do registro da Anvisa. Agora, com a aprovação dessa Medida Provisória, pode ser que seja acelerada, porque ela permite que a vacina seja certificada em outras agências reguladoras de outros países, e mesmo que a Anvisa não certifique o registro, possa utilizar a vacina de forma emergencial”, afirmou. Segundo ela, na sexta-feira (8) haverá mais uma reunião de governadores com o Ministério da Saúde para discutir o assunto.

Texto: Isabela Mercuri/Olhar Direto