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Sorrisenses estão entre os manifestantes presos após atos em Brasília

Ao todo, cerca de 1,5 mil pessoas estiveram detidas por participação em atos praticados no último domingo (8) em Brasília. Um levantamento prévio das forças de segurança do Distrito Federal (DF) indica que ainda há manifestantes presos na sede da Polícia Civil, na Superintendência da Polícia Federal e na Academia da PF. A equipe de reportagem recebeu a informação de que também há sorrisenses detidos em Brasília por participação nos atos.  

Conforme informado à reportagem do Balanço Geral, ônibus foram locados em Sorriso para que grupos fossem a Brasília, onde ocorreram os atos. O empresário Vanderlei Gralak, um dos primeiros fotógrafos do município, expôs que a situação é tensa e que há, inclusive, idosos dormindo no chão dentre os grupos que aguardam serem ouvidos (assista aqui).

“Houve caos até que algumas pessoas fossem ouvidas. Ontem à noite, de madrugada, foi bastante tenso, devido ao frio e muitas pessoas dormindo no chão, pessoas passando mal, um verdadeiro campo de concentração", relatou Gralak.

Ainda segundo ele, algumas pessoas foram ouvidas ontem enquanto hoje uma parte foi mantida reclusa. Ele contou que o acampamento onde estava foi abordado por policiais, e que todos foram colocados em ônibus sem saberem o destino que tomariam.

“Todo mundo foi trazido para cá sem saber de nada e nem o que estava acontecendo. Pode-se dizer que nos sequestraram, na calada da manhã, quando estávamos dormindo na frente do quartel do Exército e a polícia cercou e conduziu todo mundo para dentro dos ônibus. Rodaram quase o dia inteiro e chegamos no fim da tarde de ontem. A gente fica sem comunicação com as pessoas que saem daqui de dentro e isso é um desespero porque não se sabe o destino de cada um que está aqui. Isso é angustiante. Tem pessoas de muleta conduzida de uma forma dessas e jogada no chão sem cobertor. Nós e o mundo precisamos de orações”, disse.

Embora tenham sido presos manifestantes pacíficos, a maior parte, segundo a polícia, são radicais que atacaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) no domingo (8), inconformados com o resultado das últimas eleições. Também se somam aos detidos os extremistas que resistiram à desmobilização do acampamento em frente ao Quartel-General (QG) do Exército.