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Sorriso conhece projeto que incentiva o uso de plantas medicinais nos cuidados com a saúde

Incentivar o uso sustentável de plantas medicinais e fitoterápicos nos cuidados com a saúde, de forma a preservar a biodiversidade e fomentar o desenvolvimento da cadeia produtiva local. Esse é o objetivo do programa Plantas Medicinais da Itaipu Binacional.

O prefeito Ari Lafin e primeira-dama e secretária de Assistência Social (Semas), Jucélia Ferro conheceram o projeto, desenvolvido desde 2003 em 29 municípios paranaenses no entorno da usina hidrelétrica localizada na fronteira entre Brasil e Paraguai. Participaram também da reunião, o vice-prefeito, Gerson Bicego; o secretário-adjunto de Agricultura e Meio Ambiente, Márcio Kuhn; e os secretários de Governo, Hilton Polesello, e de Obras e Serviços Públicos, Milton Geller.

O projeto foi apresentado pelo consultor do CAT/IDH, Jair Kotz. De acordo com ele, a ação abrange três eixos: a cadeira produtiva, que envolve os produtores de plantas medicinais, a indústria de insumos farmacêuticos e os laboratórios de produção de fitoterápicos; a saúde e comunidades, que visa o resgate e valorização do saber popular, com ações voltadas à inserção das plantas medicinais e fitoterápicos nos serviços do SUS; e o eixo de pesquisa, extensão e inovação, que estabelece  parcerias com universidades para o desenvolvimento de projetos de extensão para a comunidade, inserção da temática de plantas medicinais e fitoterapia em suas grades curriculares, desenvolvimento de pesquisas e inovação.

“O uso de plantas medicinais é antigo e atualmente está sendo retomado com incentivos do governo, já que apresentam eficácia comprovada cientificamente, menos efeitos colaterais, sem agressão ao meio ambiente e com estímulo à agricultura familiar. Sorriso poderá, a longo prazo, desenvolver uma cadeia produtiva na região, sem contar a demanda crescente do agronegócio na produção de bioinsumos ”, explica.

O prefeito Ari demonstrou interesse em implantar um projeto nestes moldes em Sorriso e sugeriu a criação de um Comitê Gestor para estudar a viabilidade, envolvendo, num primeiro momento, as secretarias municipais de Agricultura e Meio Ambiente e Assistência Social. “É uma bela iniciativa e as perspectivas são boas tanto para quem tiver interesse em produzir – com possibilidade de uma renda adicional – quanto para o meio ambiente e para a saúde da população. Podemos começar pequenos e obtermos ótimos resultados no futuro”, disse o gestor.

No Paraná, o projeto já capacitou profissionais de saúde e avançou com a elaboração de protocolos de fitoterapia, que orientam a produção e subsidiam os atendimentos dos profissionais na prescrição do uso de fitoterápicos no SUS. Alguns municípios paranaenses já foram contemplados com recursos do Ministério da Saúde para executar projetos com fitoterapia, a exemplo de Foz do Iguaçu, Pato Bragado e Toledo.