Há dois anos, a família do seu Edjá Gualberto de Abreu, 65 anos, chora a perda precoce do filho caçula Mário Felipe Gualberto, de 28 anos, morto a tiros em frente de casa no bairro Jardim das Américas em Sorriso. O jovem chegava do trabalho quando foi assassinado. 

Era fim da tarde do dia 22 de março quando Mário chegou em casa, na carro da empresa, acompanhado da namorada, Thaynara Carolyne Delneiro de Moraes. Quando ele desceu do carro para abrir o portão, foi executado a tiros por um motociclista que permaneceu com o capacete na cabeça. Thaynara, que estava no banco do lado não foi atingida.

As investigações da DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa) da Polícia Judiciária Civil de Sorriso apontaram motivação passional para o crime e a namorada de Mário Thaynara e seu ex-namorado Sidnei Vicente Vergínio (conhecido como Sid), com quem a jovem tem um filho foram indiciados por homicídio qualificado considerado crime hediondo pela legislação.

Thaynara e Sidnei, segundo a defesa, teriam um relacionamento amoroso enquanto a jovem vivia com Mário.  Sidnei chegou a ser preso, mas, agora cumpre medidas cautelares e aguarda o processo em liberdade e Thaynara está em liberdade total.

No dia 12 de julho será realizada audiência que é primeira fase do procedimento do júri quando serão ouvidos os suspeitos, as testemunhas de acusação e de defesa.

Posteriormente, a juíza Emanuelle, da primeira vara criminal, decidirá se submete os acusados ao julgamento perante o tribunal do júri.

A família de Mári, mais uma vez, pede que justiça seja feita para que a morte brutal de Mário não passe despercebida. “É muito difícil um pai enterrar um filho, a saudade não tem fim. Essa tristeza que eu estou sentindo o pai do rapaz que matou meu filho também vai sentir quando ele for preso. Mas, eu não desejo isso nem pra um bandido. Mas a bíblia diz que não pode ser assassino, é proibido”, lamentou o pai.