Apesar da pandemia, Sorriso segue num cenário econômico distinto da maioria dos municípios do país, com a consolidação de crescimento nos mais diversos setores. Se em 2020, no pico da disseminação da Covid-19, a Capital do Agronegócio somou mais de 18 mil contratações, com saldo de 810 vagas no mercado de trabalho, em 2021 os números foram ainda melhores. Como resultado, o município contabilizou, ao longo do ano passado, um crescimento de 418% no saldo de empregos.

Conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), fornecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego, em 2021 Sorriso contabilizou um saldo de 3.385 pessoas empregadas, resultado de 22.078 admissões e 18.693 demissões. Já em 2020 foram somadas, ao todo, 18.045 contratações e 17.595 desligamentos, com saldo de 810 vagas.

No ano passado, o setor de serviços liderou o saldo, com o total de 1.305, resultado de 7.030 pessoas empregadas e 5.725 demissões. Os demais setores que registraram saldo positivo foram: comércio, com 7.295 admissões e 6.393 demissões, e saldo de 902; construção civil, com 2.340 contratações e 1.766 desligamentos, e saldo de 574; indústria, com 3.807 admitidos e 3.318 desempregados, e saldo de 489. Já na agropecuária restaram 115 vagas ocupadas após 1.606 pessoas serem admitidas e 1.491 demitidas.

No comparativo com 2020, o setor que também teve maior saldo de emprego naquele ano foi o de serviços, com 461 (com 5.839 contratações e 5.378 desligamentos); seguido da indústria, com saldo de 213 (3.341 admissões e 3.128 demissões); comércio com 141 (6.157 empregados e 6.016 desligamentos) e construção com 8 (1.732 contratações e 1.724 demissões). Já na área de agropecuária o fechamento foi negativo em 13 vagas, resultado de 1.336 pessoas admitidas e 1.349 demitidas.

“Isso é muito importante porque empresas novas estão chegando em Sorriso e as empresas que estão no município estão ampliando os seus negócios e cada vez mais gerando emprego para nossa população. Os empresários acreditam no município”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Cláudio Oliveira.

Investimento em qualificação profissional

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, segundo o chefe da pasta, e entidades empresariais da cidade observam que é necessário investimento em qualificação profissional.

“A Secretaria através da CDL, Associação Comercial, Sebrae, Senar e Senai estão preocupados com a falta de qualificação de várias profissões para que possamos aumentar a geração de emprego. Há reclamação de não se conseguir contratar pessoas por falta de qualificação. Por isso, neste ano está previsto investimento de R$ 300 mil em qualificação”.