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Trabalhador que perdeu pernas em acidente processa empresas

Flávio Júnior Xavier, 34, move ação contra as empresas Brita Guia e Amazon Ekos Gerenciamento E Transportes de Resíduos Perigosos Ltda – Epp por falta de assistência e pede indenização por conta de acidente de trabalho sofrido em 2019. O trabalhador perdeu as duas pernas em acidente e alega que as empresas não dão qualquer assistência.

Ao  GD, o homem conta que trabalhava para a empresa Amazon Ekos em 2019 e havia idos buscar resíduos na Brita Guia. Na tarde do dia 7 de outubro, houve um acidente e um caminhão da empresa bateu contra o veículo em que a vítima estava. Com o choque, ele teve uma das pernas amputadas e a outra ficou totalmente dilacerada, sendo perdida também posteriormente.

Hoje, o trabalhador vive em uma cadeira de rodas e depende da esposa para as atividades diárias. Ele conta que a empresa para a qual trabalhava, Amazon, pagava salário durante afastamento, mas parou de fazer os depósitos. Acusa a Brita Guia de nunca ter dado qualquer ajuda sob o argumento de esperar o laudo do acidente.

“Hoje eu vivo com um salário de R$1.090, que consegui pelo INSS. Tem 8 meses que entrei com pedido de revisão, mas até agora nada de marcar a perícia”, relata. 
“Desde janeiro eles não me pagam mais, pararam de ligar e não falaram mais comigo. Ai eu tenho que me virar com esses R$1.090. Em outubro vai fazer dois anos e só agora vou pedir a aposentadoria. Eles falaram que eu não precisava me preocupar, o combinado era eles me darem uma casa, iam cuidar de tudo e só me enrolaram”, explica.

O trabalhador tem um filho de 8 meses e reside com a esposa. Ele afirma que os dias têm sido de muita dificuldade para pagar todas as contas com um salário mínimo.

“A gente passa muita dificuldade. Só não passa fome porque Deus não deixa. Até agora não recebi nada do meu acerto, indenização. Nada”, afirma.

Ainda não houve decisão sobre o processo trabalhista de indenização de Flávio.

Outro lado
A empresa Brita Guia foi procurada e disse que encaminharia posicionamento, mas não mandou nota até a publicação da matéria. A Amazon também foi procurada por meio dos telefones disponíveis na internet, porém as ligações não foram atendidas.