Saúde

Uso da cloroquina dependerá dos médicos e pacientes, frisa Secretaria de Saúde de Sorriso

Foto: Portal Sorriso

Após o Ministério da Saúde incluir a cloroquina, e seu derivado hidroxicloroquina, no protocolo de tratamento para pacientes com Covid-19, a Secretaria Municipal de Saúde de Sorriso frisou, nesta quinta-feira, que além da indispensável prescrição médica, o paciente só tomará o medicamento após declarar sua vontade por meio da assinatura de um Termo de Ciência e Consentimento.

Isso porque a cloroquina pode causar efeitos colaterais e o uso dependerá, portanto, do protocolo a ser adotado por cada médico e consentimento do paciente. Vale ressaltar que, segundo o próprio Ministério da Saúde, a cloroquina e a hidroxicloroquina não têm eficácia comprovada no tratamento contra o coronavírus.

“O uso de medicamentos sempre foi uma relação médio-paciente e isso não muda.  O médico precisa avaliar cada paciente para então entender o seu estado, a sua vida, as suas implicações para que, então, o paciente receba esse medicamento. Ontem, o Ministério da Saúde enviou um manual de orientação que não serve de embasamento parta que o médico o utilize em todos os casos”, frisou o secretário de Saúde de Sorriso, Luiz Fábio Marchioro.

Dessa maneira, não basta que o sorrisense que testou positivo para Covid-19 solicite o medicamento na tentativa de combater os efeitos da doença. “Não é uma balinha que se compra no supermercado. Não encontramos a cura e nem a vacina do coronavírus. Caberá ao médico”.

O prefeito de Sorriso, Ari Lafin, informou que Sorriso receberá os medicamentos do Governo Federal, cujo abastecimento ocorrerá por meio da Secretaria Estadual de Saúde. “O Ministério da Saúde fará o abastecimento com base nos números de pacientes. Portanto, deverá vir uma demanda necessária para o momento que estamos vivendo”.

De acordo com o relatório epidemiológico emitido hoje, nenhum óbito foi registrado em Sorriso em decorrência do coronavírus e 21 pacientes estão recuperados. Na cidade, há 63 casos confirmados.

Desde o início da pandemia, das amostras encaminhadas ao Laboratório Central de Mato Grosso (Lacen), 33 positivaram para Covid-19 em Sorriso. Outros 30 resultados foram obtidos por meio de testes rápidos, cujo quantitativo não consta no sistema da Secretaria Estadual de Saúde.

Isso porque o Governo do Estado apenas contabiliza os resultados via coleta de amostra biológica para exames de Biologia Molecular (RT-PCR), que detecta a presença ou não do vírus SARS COV 2 ou de outros vírus respiratórios.

Já o município de Sorriso optou por contabilizar os resultados de testes rápidos devido ao reconhecimento de validação por parte do Ministério da Saúde.

Texto: Luana Rodrigues/Portal Sorriso