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“Vacina engloba variantes e deve ser fabricada ainda em 2022”

Foto: Uol

O senador Wellington Fagundes (PL-MT), que participou do lançamento da vacina 100% brasileira contra a Covid-19 nesta semana em Salvador, na Bahia, afirmou que o imunizante já nasce com tecnologia que engloba todas as variantes da doença – inclusive a Ômicron – e tem expectativa de começar a ser fabricada ainda este ano.

A vacina brasileira RNA MCTI CIMATEC HDT, desenvolvida pelo Senai-Cimatec, é feita com tecnologia totalmente nacional e iniciou as fases de testes nesta semana, com aplicação em 90 voluntários, com idades entre 18 e 55 anos.

“Depois de aprovados os testes, ela entra na fase de industrialização. A partir dos últimos testes, ela entra em fabricação ainda este ano. O Brasil pode fabricar 400 milhões de doses em apenas 90 dias”, afirmou o senador, em entrevista à Rádio Capital FM.

O início dos testes coincide com o momento em que o país vive uma escalada no número de casos de Covid-19, resultado principalmente das aglomerações no final de ano com as viagens de férias e as festas de Réveillon, e em razão da maior facilidade de proliferação da variante Ômicron – que já estaria englobada na vacina nacional.

“É a vacina mais moderna do mundo, já nasce contra todas as variantes, inclusive a nova, Ômicron, que surgiu no continente africano e que hoje preocupa o Brasil e o mundo com uma nova onda”, afirmou Fagundes.

De acordo com o senador, a produção de vacinas no Brasil ainda coloca o país como um dos poucos fornecedores de imunizantes contra a Covid no mundo, que hoje conta apenas com os Estados Unidos, China e Índia nesse campo, ajudando no combate mundial à pandemia.

Além disso, representa economia aos cofres públicos, uma vez que deverá resultar em menos importação de imunizantes estrangeiros.

“Isso vai representar economia, vai representar riqueza para o Brasil e geração de emprego”, disse.

“O Brasil será o quarto país do mundo a produzir vacinas e, principalmente, uma vacina que tem a tecnologia mais avançada do mundo também”, completou.

Como funciona a vacina

A vacina é composta por duas plataformas tecnológicas, sendo uma delas uma substância ativa, o replicon de RNA, e a outra uma formulação lipídica.

De acordo com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), o replicon de RNA é capaz de ser reconhecido como um RNA mensageiro, e ensina o corpo humano a produzir os anticorpos contra o coronavírus.

A tecnologia usada na vacina contra Covid servirá também para produzir imunizantes de outras doenças dengue, zika, febre amarela, podendo ser adaptada também para alguns tipos de câncer.

Fases

O estudo da Fase I custará R$ 6 milhões e é financiado pelo Governo Federal. Vencida essa etapa, a vacina ainda precisará passar por mais duas fases de testes.

A expectativa é de que a vacina seja capaz de gerar uma imunização mais duradoura, com uma dose menor.