A campanha da vacinação contra a gripe também está em andamento, mas com números muito abaixo do ideal.

Luiza Rossi trabalha na linha de frente contra a Covid e já tomou as duas doses da CoronaVac. Ela foi uma das primeiras a se vacinar contra a gripe. “Eu me sinto mais segura por conta de que a gente está na linha de frente, em contato com pacientes com sintomas diretamente respiratórios”, destaca Luiza Marques Rossi, técnica de laboratório.

A vacinação contra a gripe começou 12 de abril. A primeira etapa vai até segunda-feira (10), profissionais de saúde, crianças de 6 meses a 6 anos, mulheres grávidas ou que acabaram de dar à luz e indígenas. Na segunda, idosos e professores. Na terceira, pessoas com doenças crônicas, com deficiência, trabalhadores de setores como transporte e segurança, Forças Armadas, presos e jovens em medida socioeducativa.

Um total de quase 80 milhões de pessoas. A meta é vacinar 90% de todo público. Mas, até agora, só 30% do primeiro grupo receberam a vacina da gripe.

A campanha da vacina contra a gripe é anual. E, neste ano, quem já tomou uma das doses do imunizante contra a Covid tem que esperar 14 dias para receber a da gripe e vice-versa.

A epidemiologista Carla Domingues, que já coordenou o Plano Nacional de Imunização, considera preocupante a baixa cobertura contra a gripe até agora.

“Se nós tivermos a concomitância da transmissão da Covid junto com os vírus da gripe, nós poderemos ter uma sobrecarga ainda maior dos serviços de saúde, porque a gripe também leva à internação, à necessidade de UTI e, infelizmente, ao óbito. Então, nós não podemos correr esse risco, neste momento, de deixar de vacinar a população contra a gripe porque nós poderemos ter mais um problema de saúde a ser enfrentado”, afirma.