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Veja dicas para viajar com segurança nesta fase da pandemia

Com a vacinação avançando bastante e cada vez mais gente com a necessária dose de reforço (ou terceira dose) da vacina contra a Covid-19 em dia, começamos este mês de março num cenário muito mais propício para o retorno das viagens. E o mercado nacional, mais aquecido, está vendo isso na prática, com reservas avançando de maneira consistente, nacional e internacionalmente. Mas buscar o máximo possível de segurança nas nossas viagens continua sendo fundamental.

 

Com cada vez mais fronteiras reabertas e muito mais países facilitando o ingresso de turistas brasileiros 100% vacinados, os deslocamentos turísticos voltaram a crescer. O brasileiro que não teve suas finanças seriamente afetadas durante os dois anos de pandemia (completados agora em 11 de março de 2022) está mesmo voltando a investir em viagem, independente do nicho ou segmento turístico. Mas como viajar com segurança nesta fase da pandemia, em que estamos protegidos pela vacinação mas ainda sujeitos à chegada de variantes mais contaminantes como a ômicron?

 

Em fevereiro último, quando embarquei em uma linda viagem à Antártica a bordo do novo navio SH Minerva da Swan Hellenic Cruises, muita gente me mandou DM nas redes sociais querendo saber “como eu tinha tido coragem de entrar em um cruzeiro em plena pandemia”.

 

Depois do caos instalado na temporada de cruzeiros brasileira deste ano, essa preocupação é justificada, é claro. Mas, como respondi na época a todos eles: há cruzeiros e cruzeiros. Nossas escolhas de viagem e nosso zelo pessoal durante cada escapada continuam fazendo TODA a diferença. Então senta que lá vem a história 


Para começar, o SH Minerva é um navio de pequeno porque, com um máximo de 152 passageiros por viagem. Nesta temporada inaugural, não estava fazendo nenhuma saída lotado. O navio só permitia o embarque de passageiros 100% v4c1n4d0s e testados. Durante a viagem, fomos todos testados outras duas vezes pela equipe medica a bordo.

 

A tripulação também estava imunizada e testada, e usava boas máscaras regularmente dentro do navio. Como os desembarques na Antártica são regulamentados e restritos a uma única embarcação por vez, não haveria contato com absolutamente ninguém de fora do navio em nenhum momento do cruzeiro.

 

A minha grande preocupação nesta viagem era o fato da Swan Hellenic, ao contrário da maioria das armadoras de cruzeiro do mundo, ter resolvido ir na contramão do mercado e suspender a política de obrigatoriedade de uso de máscaras a bordo mesmo com a ômicron comendo solta. Então eu sabia que não podia facilitar: é fundamental manter nossa responsabilidade individual em qualquer cenário.

 

Neste cenário de não obrigatoriedade de máscaras a bordo, mesmo com quantidade de passageiros tão pequena, continuei usando máscaras o tempo e me relacionei mais com passageiros que faziam o mesmo. Fiz também bom uso de todas as oportunidades de ficar ao ar livre.


Além das medidas fundamentais listadas acima, viajei também com um seguro viagem realmente adequado à situação que vivemos hoje em dia e ao tipo de viagem que ia fazer. Afinal, neste momento da pandemia, triplamente vacinados e com amplo conhecimento sobre os mecanismos de contaminação e as melhores formas de nos protegermos do vírus, sabemos que, em um eventual caso de contaminação em viagem, é muito mais provável que precisemos apenas fazer quarentena no local até negativar.

 

Embora há muitos anos faça um seguro viagem anual, por garantia optei também pelo novo seguro da Assist Card com cobertura também para a quarentena. A cobertura extra, chamada “COVID EXTRA”, pode ser agregada à qualquer plano de seguro internacional vendido pela Assist Card para garantir proteção extra numa eventual quarentena durante a viagem. Mas, importante, essa cobertura extra tem que ser adquirida ANTES do início da viagem, como qualquer seguro viagem.

 

Optando pelo serviço “COVID EXTRA“, além da assistência médica e hospitalar, o viajante tem também garantida prorrogação de hospedagem para quarentena (US$1.500 a US$3.000, dependendo da opção no ato da compra), remarcação de passagem, retorno do segurado e envio e hospedagem de acompanhante (se necessário), no caso de contaminação durante a viagem.

 

No cruzeiro à Antártica, tivemos, sim, passageiros e tripulantes positivando a bordo. Poucos, felizmente, e que foram rapidamente isolados e quarentenados, antes de qualquer disseminação mais séria a bordo. Mantendo o cuidado do uso de máscara ao longo da viagem e evitando qualquer tipo de aglomeração a bordo, felizmente voltei sã e salva pra casa, sem precisar fazer uso do meu seguro. Até porque seguro viagem é bem isso, né? Uma despesa que a gente paga sem pensar duas vezes antes da viagem, para viajar tranquilo, e espera firmemente nunca ter que fazer uso dela.


Quando achávamos que a situação pandêmica estava melhorando consistentemente, a chegada da variante Ômicron no final do ano passado abalou nossos planos viajantes de uma hora para outra. Muita gente teve problemas em pleno reveillon e Natal, uma loucura.

 

A pandemia, de fato, ainda não acabou – nem sabemos quando acabará. Mas a boa notícia deste atual momento que vivemos é que a terrível super onda da ômicron – que atingiu boa parte do mundo entre dezembro e janeiro – agora dá mesmo sinais gerais de arrefecimento, aqui e lá fora.

 

Enquanto os viajantes voltam a dar prosseguimento a seus planos de viagem, a maioria aprendeu a lidar com um novo tipo de insegurança pandêmica: mesmo estando vacinado, e se eu me contaminar na viagem e ficar preso longe de casa? Pior ainda: e se eu ficar preso em outro país?

 

Sabemos que, embora a vacinação nos forneça uma incrível proteção contra casos graves da doença, com variantes cada vez mais contagiosas como a ômicron seguem infectando pessoas todos os dias. Então prevenção segue sendo a chave de toda boa viagem. Além de manter firme a consciência de que medidas como uso de máscaras e distanciamento social seguem essenciais, fazer um bom seguro viagem é, mais do que nunca, fundamental.


Preocupar-se com a possibilidade de ficar “preso” longe de cada e impossibilitado e voltar para casa enquanto tantas UTIs continuam sobrecarregadas pode parecer leviano à primeira vista; mas, do ponto de vista do planejamento de viagem, esse questionamento é muito, muito importante.

 

Dentro do Brasil, nem companhias aéreas, nem aeroportos ou a maioria dos meios de transporte exigem testes negativos. Mas fora do Brasil a coisa muda de figura. Se hoje muitos países estão eliminando a exigência de testes de Covid para entrada de turistas vacinados em seus territórios, por outro lado continuamos obrigados a apresentar um teste negativo, antígeno ou PCR, para podermos embarcar de volta para a casa no Brasil ao viajarmos para o exterior.

 

E o que acontece se você testar positivo durante uma viagem internacional? Em alguns destinos, a única consequência concreta de um teste positivo é você não conseguir embarcar no seu voo programado e ser obrigado a quarentenar isolado em um hotel (pagando do seu próprio bolso, é claro, se não possuir um seguro viagem com essa cobertura), até que seu exame dê negativo.

 

Para outros destinos, autoridades locais de saúde podem exigir que você faça quarentena em um lugar específico, e por período de tempo também pré-determinado. É fundamental se informar sobre as regras do local a ser visitado, antes da viagem, e sobre quais aspectos EXATAMENTE o seu seguro viagem cobre.

 

A melhor receita para férias tranquilas nesses tempos é, além de consultar um bom agente de viagens antes de tomar suas decisões de viagem, continuar evitando ao máximo ser contaminado. Todos os dias. Os mecanismos de proteção seguem sendo exatamente os mesmos que já sabíamos contra qualquer variante anterior: ciclo vacinal completo, dose de reforço em dia, uso constante de máscaras adequadas (tipo pff2, de preferência), distanciamento social sempre que possível e higiene.

 

Com cuidado e respeito constantes, consigo e com os outros, e escolhendo empresas e prestadores de serviços turísticos que estejam realmente zelando pela segurança de seus passageiros e clientes, é possível, sim, voltarmos a viajar com mais segurança.