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Veja quais são as 3 ferrovias que podem mudar a logística de MT

Projetos de construção de três ferrovias entraram no radar da população nos últimos meses por prometerem impulsionar o escoamento de grãos da região Centro-Oeste – principalmente Mato Grosso – e garantir o barateamento dos custos com frete aos produtores. Tratam-se da ferrovia estadual, Ferrogrão e Fico.

 

Dos três projetos, apenas a ferrovia estadual já recebeu o pontapé para efetivamente sair do papel. O projeto, que liga Rondonópolis a Lucas do Rio Verde e a Cuiabá, irá se conectar com a Malha Paulista, que leva até o Porto de Santos (SP).

 

A obra deverá receber investimento total de R$ 12 bilhões e, ao todo, terá 700 km de extensão. O Governo do Estado publicou o edital de chamamento público no último dia 19 de julho e a empresa vencedora terá prazo de 45 anos para operar.

 

A construção deverá ter início em até seis meses após a emissão da licença ambiental de instalação. A previsão é que o Terminal de Cuiabá seja concluído até o 2º semestre de 2025 e o de Lucas do Rio Verde até o 2º semestre de 2028.

Fico

 

Antes com expectativa de ser iniciada até junho deste ano, segundo informações do Ministério da Infraestrutura, a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) promete ligar o Município de Água Boa aos trilhos da Ferrovia Norte-Sul, na altura de Mara Rosa (GO), num total de 383 km. O valor da obra é estimado em R$ 2,7 bilhões.

 

O modal será usado para escoar a produção de grãos (soja e milho) daquela região, que é uma das maiores produtoras de soja do Brasil, em direção aos principais portos do país. A expectativa é de que ela atenda uma demanda, em 2025, de 13 milhões de toneladas.

 

Conforme informações do Governo Federal, o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA-RIMA) e o Projeto Básico da extensão até Água Boa, foram contratados pela empresa que detém a concessão, Valec, e finalizados em dezembro de 2010. O trecho conta também com a respectiva licença prévia.

Ferrogrão

 

Ferrovia que ligará o Município de Sinop ao Porto de Miritituba, no Pará, nuam extensão total de 933 km. A ideia é que, quando concluída, tenha alta capacidade de transporte e competitividade no escoamento da produção pelo Arco Norte, papel hoje é desempenhado BR-163.

 

Um dos principais argumentos do Governo Federal em defesa da obra é de que ela dará condições de tráfego da rodovia federal, diminuindo consideravelmente o fluxo de caminhões pesados e os custos com a conservação e a manutenção da via, além do índice de acidentes.

 

Conforme a União, o modal deve ajudar a escoar a produção de milho, soja e farelo de soja. A expectativa é de que, posteriormente, a ferrovia também seja usada para o transporte de óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e derivados do petróleo.

 

Dados do Governo Federal apontam que a ferrovia terá capacidade para transportar, inicialmente, 42 milhões de toneladas.

 

Atualmente, o projeto é objeto de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), enfrenta questionamentos de órgão de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU), e é alvo de críticas de ONGs e representantes do Ministério Público, que apontam risco de dano à Amazônia.

 

O investimento previsto é de R$ 21,5 bilhões, e a ideia é que a ferrovia entre em operação em 2030.

 

Segundo o Ministério da Infraestrurura, a expectativa é de que o edital seja publicado e o leilão realizado ainda neste ano, se o Governo conseguir superar a questão no Supremo Tribunal Federal.