PODER EXECUTIVO

Vigilância Ambiental orienta que população aproveite o Carnaval para limpar o quintal

O pedido é em decorrência do alto número de amostras de larvas coletados pela equipe de ACEs na cidade; em janeiro foram 1.050 amostras positivas

Mais de 100 amostras de larvas estão aguardando análise nesta quinta-feira, dia 8 de fevereiro. Essa é a realidade da equipe de Vigilância em Saúde Ambiental. Todas amostras colhidas ontem, quarta-feira e na última terça-feira (06 e 07), na área urbana da cidade. E muitas testando positivo para a presença do mosquito Aedes aegypti, agente transmissor da dengue, Zika vírus e Chikungunia.

Em janeiro, por exemplo, a equipe identificou 1.050 tubetes com amostras positivas. O que equivale a 88% das 1.190 amostras coletadas no mês de janeiro como positivas. Em janeiro de 2023 foram 127 coletas positivas e em dezembro, o mês anterior a essa explosão, foram 452 coletas com larvas de Aedes. Quando uma coleta dá positivo o proprietário do imóvel é imediatamente comunicado.

Por enquanto, na contramão da quantidade de amostras positivas para o Aedes, são somente 13 casos confirmados de dengue e um de Chikungunia de 1.º de janeiro de 2024 até o momento. “Nosso medo é que os casos comecem a aumentar porque os testes positivos para larvas tem subido muito, de modo alarmante para nós”, diz a coordenadora do Departamento, Claudete Damasceno. "Também estamos no período de chuvas, então esse cuidado precisa ser redobrado", afirma a profissional.

“A meta é evitar que a mesma onda de casos positivos de dengue se repita em Sorriso”, alerta a coordenadora de Vigilância em saúde, Taynná Vacaro. “E para isso precisamos da colaboração de todos; todos somos responsáveis por nossas casas, nossa cidade”, diz.

“Hoje mesmo recebemos um áudio de uma agente de combate à endemias muito preocupada: ela acabou de fazer a coleta de larvas da tampa de um balde que estava no quintal com a família toda circulando ao redor; se essa larva for de Aedes, a família e os vizinhos estão expostos”, conta Claudete.

Outra preocupação é a quantidade de lixo encontrada nos quintais e relatada pela equipe de ACEs.  São situações em que ao cumulo de lixo também esconde animais peçonhentos como cobras, ratos, aranhas, escorpiões, dentre outros – ou até mesmo animais mortos e que podem transmitir enfermidades, como nas imagens. “Nossa equipe orienta, pede que o morador elimine esses focos de lixo, mas há casos extremos, inclusive reincidentes em que precisamos comunicar o NIF (Núcleo Integrado de Fiscalização) para acompanhamento e multa”, detalha a coordenadora do departamento de Vigilância em Saúde Ambiental.

E já que está chegando o Carnaval e com ele aquela parada na cidade, Claudete pede que a população reserve um tempinho desse tempo extra em casa para dar aquela fiscalizada no próprio quintal.

E com dez minutinhos toda semana dá para prevenir muita coisa. Confira algumas dicas da equipe:

- Retire os pratinhos nos vasos de plantas e faça furos nos vasos para vazar a água;

- Coloque terra ou areia até a borda nos vasos;

- Mantenha a caixa d’água fechada;

- Retire as embalagens plásticas ou celofane usados em flores e arranjos naturais e de plástico;

- Não deixe recipientes como copos, garrafas, embalagens ou sacos plásticos pelo quintal;

- Descarte o lixo somente em lugares adequados – essa dica vale para quando você estiver na rua também;

- Verifique a situação das calhas de sua residência;

- Use repelentes; cuide-se.

Hoje, 47 agentes de combate a endemias atuam diretamente à campo. “Mas lembramos a todos que cada um é responsável pelo seu lar; então é essencial que uma vez por semana verifiquem recipientes, calhas, plantas, cisternas, etc., e que toda a população nos auxilie não descartando lixo a céu aberto, pois muito desse lixo acaba entupindo bueiros e servindo como o criadouro ideal para todo tipo de mosquitos e de animais peçonhentos”, aponta Claudete.

Para dar aquela mãozinha na limpeza do quintal, a Prefeitura oferta o serviço de coleta de resíduos sólidos - confira aqui o calendário; em que são recolhidos móveis e eletrodomésticos velhos e inservíveis; assim como restos da limpeza de jardins (folhas e restos vegetais que podem servir como criadouro de insetos e animais peçonhentos, como a grama quando é cortada). “O que não pode é deixar de cuidar”, completa Claudete.

Imagens

Texto: Claudia Lazarotto

Fotos: Vigilância em Saúde Ambiental