Agronegócios

Exportações de carne bovina alcançam recorde em agosto, diz Abrafrigo

Depois de três meses seguidos de quedas, o volume das exportações totais de carne bovina (in natura + processada) voltou a crescer em agosto, com alta de 11%. Com isso, pela primeira vez na história, o país ultrapassou a barreira das 200 mil toneladas embarcadas num único mês e alcançou 211.850 t. Em receita, o aumento foi de 56%, atingindo US$ 1,175 bilhão. Os números foram divulgados neste sábado (4) pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), com base em dados do Ministério da Economia.

No acumulado do ano até agosto, as exportações totais ainda apresentam queda de 1% em relação a 2020, mas a receita subiu 15%. Nesses oito meses, o Brasil exportou 1.283.641 t, com receita de US$ 6,26 bilhões. Em igual período do ano passado, o país embarcou 1.294.274 t, com receita de US$ 5,44 bilhões.

Segundo a Abrafrigo, o Brasil se beneficiou da redução da oferta no mercado internacional, provocada pela retração das exportações da Argentina, devido à política de combate à inflação local, e da Austrália, onde o rebanho ainda se recupera de sucessivas perdas em consequência de secas e enchentes.

Conforme a Abrafrigo, a China – incluindo Hong Kong – continua sendo o principal destino da carne bovina brasileira, respondendo por 59% da receita e do volume exportado.

Os Estados Unidos mantêm a segunda posição entre os 20 maiores importadores do produto brasileiro. Em 2020, os EUA compraram 34.502 t e em 2021, 66.467 t (+92,7%).

O Chile é o terceiro colocado, com compras de 62.621 toneladas no acumulado do ano (+24,4%); e o Egito, o quarto, com 35.495 t (-54.9%). As Filipinas ocupam o quinto lugar, com 35.495 t (+38,3%), e Emirados Árabes, o sexto, com 29.056 t (+13,5).

No acumulado do ano até agosto, 88 países apresentaram crescimento nas importações da carne brasileira, enquanto outros 75 reduziram suas compras, informa a Abrafrigo.