Política

“TSE teve pressa em me condenar e portou-se como principiante”

Foto: Mídia News

A senadora cassada Selma Arruda (Podemos) afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se portou como “principiante” ao determinar a realização da eleição suplementar ao Senado em Mato Grosso. O pleito está marcado para ocorrer em 26 de abril.

Em entrevista ao Programa 3 em 1, da Rádio Jovem Pan, na última segunda-feira (24), ela voltou a tecer críticas aos ministros que cassaram seu mandato pelos crimes de Caixa 2 e abuso de poder econômico na eleição de 2018.

O principal questionamento de Selma faz alusão ao fato de a Constituição Federal permitir que ela apresente defesa ao Senado, mesmo que a cassação já tenha ocorrido na Justiça Eleitoral.

“Houve uma falha do TSE, no meu entendimento, muito grande nesse sentido. Porque essa fase que estou enfrentando, agora, no Senado é prevista na Constituição. E o TSE estava com tanta pressa em me condenar, em me tirar de lá, e simplesmente esqueceu – do que a Constituição diz - como se fossem principiantes”, afirmou.

 

Essa fase que estou enfrentando, agora, no Senado é prevista na Constituição. E o TSE estava com tanta pressa em me condenar, em me tirar de lá e simplesmente esqueceu – do que a Constituição diz - como se fossem principiantes.

 

“Eles já trataram de marcar imediatamente uma nova eleição. Não consigo entender como vão fazer essa eleição. Se vai ser feita antes de eu me defender. Se vão esperar pelo menos que essa defesa aconteça. Vejo uma pressa muito grande em tudo isso”, acrescentou.

Ainda durante a entrevista, a senadora afirmou não ver qualquer tipo de impedimento para que a eleição suplementar ocorra no mês de outubro, quando os eleitores vão às urnas para escolher prefeitos e vereadores.

Segundo ela, essa seria a medida mais correta, especialmente, em função dos gastos com a realização de um novo pleito. Ao todo, a Justiça Eleitoral estima que gastará R$ 9 milhões com o pleito.

“Ainda que eu não permaneça no cargo, até por economia de dinheiro público. Existe previsão legal para que o Estado fique sem senador até 15 meses”, disse.

“O Estado não fica mutilado por ter senador a menos. Senador não é governador. Senador é apenas um senador. Poderia ter sido deixado para outubro. Mas parece que existe uma predisposição proposital para que as coisas tenham uma aceleração acima do normal no meu caso”, completou.